Do Aedes ao pernilongo: parques de SP têm 81 tipos de mosquitos
Não são apenas os arbovírus que apresentam grande diversidade no País. Na capital paulista, dezenas de espécies diferentes de mosquitos - transmissores de doenças ou não - povoam parques urbanos, aponta pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Coletas feitas entre 2011 e 2013 em dez parques municipais mostraram a existência de pelo menos 81 espécies diferentes de mosquitos. Para surpresa de muitos paulistanos, o Aedes aegypti não foi o campeão em número de insetos. As espécies encontradas em maior abundância foram Aedes albopictus, Aedes fluviatilis, Aedes scapularis, Culex quinquefasciatus (pernilongo) e Culex nigripalpus.
O primeiro chama a atenção por também ser capaz de transmitir dengue e febre amarela. "Às vezes, a gente fala que o Aedes albopictus é de ambiente mais silvestre do que o Aedes aegypti e a população já imagina que ele existe somente em zona rural ou no meio do mato, mas ele está presente em grande quantidade em parques no meio da cidade", explica Laura Multini, bióloga e mestre em Medicina Tropical, que fez sua dissertação com base em dados da pesquisa municipal.
Participaram do estudo os parques Alfredo Volpi, Anhanguera, Burle Marx, Carmo, Chico Mendes, Ibirapuera, Piqueri, Previdência, Santo Dias e Shangrilá.
Laura estudou outra espécie também abundante em São Paulo: o Aedes fluviatilis.
"Pelo que sabemos, ele não transmite dengue, chikungunya nem zika, mas o considero um mosquito negligenciado porque nunca foram feitos estudos de infectividade para saber se ele realmente não transmite."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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