Brasileiros com diabetes tipo 1 vão escalar o monte Kilimanjaro
Dois brasileiros com diabetes tipo 1 vão escalar o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, a maior montanha na África, com 6.000 metros de altitude. Eles pretendem servir de inspiração para outros diabéticos, mostrando que é possível superar limites. A expedição teve início nesta sexta-feira (30) e termina na próxima quinta-feira (5).
Alexei Caio, 41 anos, e Marcelo Bellon, 38, são os representantes do país na empreitada, que conta ainda com outros nove integrantes da França, da Austrália, da Bélgica, do Canadá e dos EUA. O grupo já escalou a Cordilheira dos Andes, na América do Sul, as montanhas do Nepal, na Ásia, e o Mont Blanc, nos Alpes franceses.
Desde 2003, Caio leva grupos para escaladas nos Andes, incluindo idas ao monte Aconcágua, o ponto mais alto do Hemisfério Sul, com 6.962 metros. Bellon também já escalou os Andes e foi companheiro de Alexei em algumas viagens. A dupla vai postar fotos e vídeos em um aplicativo do Facebook.
Para subir picos tão altos, é necessário investir na alimentação e na preparação física e mental. Caio tem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e realiza treinos constantes de musculação, exercícios aeróbicos, aikido, corrida, sobe e desce escadas carregando uma mochila nas costas, além de fazer meditação.
Bellon também se exercita diariamente e reforçou o treino de musculação. “A expedição Kilimanjaro é uma experiência gratificante, ajuda a desmistificar a imagem do diabetes e a mostrar que, por meio do esporte, é possível assumir o controle da doença”, diz.
A equipe de alpinistas será acompanhada por médicos. Isso não significa que a prática do montanhismo apresente dificuldades extras para quem tem diabetes, mas alguns cuidados são fundamentais, como o controle adequado da glicemia.
A expedição, realizada pela associação francesa World Diabetes Tour (WDT), conta com o apoio da farmacêutica Sanofi.
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