Coronavírus: número de casos confirmados sobe para 13 no país; há 10 em SP

O Ministério da Saúde informou hoje que subiu para 13 o número de casos confirmados do novo coronavírus no país. Há casos confirmados em quatro estados: São Paulo (10), Rio de Janeiro (1), Espírito Santo (1) e Bahia (1).

O número de casos suspeitos ainda em investigação pelas autoridades de saúde é de 768. Outros 480 casos já tiveram a suspeita descartada.

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Além dos 13 casos confirmados, há ainda um 14º caso em investigação no Distrito Federal. A paciente, uma mulher de 52 anos, teve um primeiro teste positivo para coronavírus realizado por um laboratório privado de Brasília.

O Ministério da Saúde aguarda o resultado de um segundo exame que será feito por um laboratório de referência do sistema de saúde. O resultado desse segundo teste ainda não foi divulgado.

Os estados com mais casos suspeitos são São Paulo (222), Minas Gerais (123), Rio Grande do Sul (112) e Rio de Janeiro (111).

Ontem, o ministério da Saúde tinha informado 8 casos confirmados no Brasil e 636 suspeitos — um aumento de 5 confirmações e 132 suspeitas. Os cinco casos novos são de pacientes que retornaram ao Brasil após viagem a países onde há transmissão do vírus, como Estados Unidos, Reino Unido e Itália.

No mundo, já foram registrados 95.333 casos confirmados, sendo 80.565 desses casos na China. O vírus já provocou 3.282 mortes nos 85 países onde foi identificado. A maioria dos casos fatais ocorreu na China, país que já registrou 3.015 mortes ligadas ao coronavírus.

Mudança de critérios

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou hoje que o governo decidiu alterar parte dos critérios para identificar casos suspeitos. A partir de agora o monitoramento aos passageiros que chegam de viagem do exterior deixará de ser feito por países da América do Norte, Europa, Ásia e Oceania.

Segundo Mandetta, passageiros que cheguem dessas regiões e apresentem sintomas serão considerados casos suspeitos, independentemente do país específico de origem. O monitoramento continuará sendo feito por país apenas para as regiões da África e Américas do Sul, onde a incidência de casos ainda é baixa.

A medida se justifica, segundo o ministro, pelo alto nível de mobilidade de passageiros e comunicação da rede aérea nessas regiões. "Você pode estar sentado num voo vindo de um país que não tem caso, mas você não sabe quem está sentado ao lado, quem está sentado atrás", afirmou Mandetta.

O ministro disse ser difícil prever como se comportará o crescimento do número de casos no país e afirmou que o Ministério da Saúde está agindo de forma preventiva para criar uma estrutura capaz de atender a um eventual aumento dos casos.

"Nós vamos analisar, ver como vai se comportar, e vamos preparar da melhor maneira possível nosso sistema para atender as pessoas que precisarem da maneira mais digna", afirmou Mandetta.

Segundo o ministro, os dados conhecidos de outros países indicam que apenas uma pequena minoria de casos se tornou grave. "A grande maioria dos casos é leve, mais de 80% são casos de resfriados e gripes comuns, e 25% são assintomáticos [sem sintomas]", disse Mandetta.

O Ministério da Saúde orienta pessoas que voltaram de viagens internacionais a locais com incidência de coronavírus que só procurem atendimento médico se apresentarem os sintomas, no caso, febre associada a tosse ou problemas respiratórios. Os passageiros que não apresentam sintomas não têm necessidade de buscar atendimento.

O Ministério da Saúde utiliza dois critérios, que precisam estar necessariamente presentes, para considerar um caso suspeito:

• A presença dos sintomas de febre, tosse e dificuldade para respirar ou outro sintoma respiratório.
• Se o paciente tiver voltado de viagem há menos de 14 dias de países e continentes onde há a circulação local do vírus, ou se o paciente tiver mantido contato com outro caso suspeito ou confirmado.