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Coronavírus: Governo vai proibir exportação de respiradores de UTI

João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde - Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo
João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde Imagem: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

16/03/2020 20h34

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou hoje que o governo vai proibir a exportação de equipamentos de respiração artificial utilizados em leitos de UTI.

O objetivo é aumentar a capacidade de atendimento de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus. Em outros países onde a doença se espalhou, o atendimento aos pacientes com quadros graves respiratórios foi um dos principais desafios do sistema de saúde.

Outra medida será a redução a zero dos impostos sobre a importação desse tipo de equipamento.

"O Ministério da Economia vai zerar o imposto de importação desses equipamentos e nós vamos implementar nos próximos dias políticas que vão proibir a exportação desses equipamentos", disse Gabbardo.

"Os fabricantes nacionais que produzem respiradores, que são fundamentais para as UTIs, eles ficarão impedidos de exportar. Nós vamos buscar isso fora, nós vamos importar na medida do possível, mas nós não vamos mais deixar sair do país", afirmou o secretário-executivo do Ministério.

Gabbardo também afirmou que o governo brasileiro entrou em contato com a China para que o Brasil possa receber voluntariamente equipamentos que não são mais utilizados pelo país asiático.

Segundo o secretário-executivo da Saúde, a desaceleração do surgimento de casos na China reduziu a demanda pelos equipamentos hospitalares naquele país.

Outros ítens que deverão ter as exportações barradas, segundo Gabbardo, são os equipamentos de proteção individual utilizados pelos profissionais de saúde, como gorros, máscaras e luvas.

Segundo o secretário-executivo, o objetivo é evitar o desabastecimento desses produtos no país.

O Ministério da Saúde anunciou hoje um reforço de R$ 432 milhões na ajuda aos estados para a resposta do SUS (Sistema Único de Saúde) ao provável aumento no número de casos no país. Um dos focos da pasta é ampliar a quantidade de leitos de UTI à disposição no sistema de saúde.