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SP não reduzirá circulação do transporte público devido ao coronavírus

O governador João Doria durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus - JOÃO ALVAREZ/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador João Doria durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus Imagem: JOÃO ALVAREZ/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Carolina Marins

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 16h15Atualizada em 16/03/2020 18h00

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou hoje que espera uma redução "sensível" na demanda por metrô, nos trens e nos ônibus da capital paulista e regiões metropolitanas por parte dos usuários já a partir de amanhã. A expectativa é de que isso decorra de mudanças anunciadas hoje voltadas a evitar aglomerações para contenção do novo coronavírus. Uma versão anterior deste texto informava equivocadamente que a redução seria na oferta de transporte público.

O governador anunciou hoje que haverá regulação do fluxo de entrada da população em repartições públicas, tais como Poupatempo, Bom Prato e Detran. "Teremos a partir de amanhã uma redução sensível da utilização do sistema de logística na capital de São Paulo e na região metropolitana, especialmente no metrô, nos trens e nos ônibus", disse em coletiva.

"Dada essa redução, nós vamos avaliar se ela é suficiente ou não para manter seguro os terminais de embarque e desembarque na utilização do transporte coletivo."

A medida irá afetar os 72 postos da rede Poupatempo, 58 postos do Bom Prato, todos os postos do Detran e os 17 centros de integração da cidadania.
Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador informou que está participando de reuniões com os setores de alimentação, farmácia e higiene para evitar um possível desabastecimento.

"A reunião é para dialogar com os varejistas e farmácias para garantir que não haverá desabastecimento ou elevação de preços. A orientação é para que dialoguem com a indústria para que não haja abusos em nenhum tipo de produto", disse. Mais informações sobre a reunião devem ser dadas em breve.

O governador anunciou também a criação de um comitê administrativo extraordinário para lidar com a pandemia, liderado pelo vice-governador Rodrigo Garcia e com participação de todos os secretários. Segundo Doria, a intenção do comitê é ter uma resposta rápida e deve trabalhar em conjunto com o centro de contingência já criado.

"O comitê tem poder de decisão para tomar medidas emergenciais sobre o funcionamento da máquina pública estadual e as medidas serão sempre fundamentadas nas decisões do centro de contingência", disse o governador.

O governo também dará férias e licença-prêmio para todos os funcionários que têm direito, exceto os da área da saúde e segurança pública, além dos trabalhadores da Fundação Casa e da Sabesp.

Coronavírus liga alerta pelo mundo

Foi anunciado o corte imediato de viagens nacionais e internacionais de servidores, com exceção de casos emergenciais, que deve passar pela aprovação do governo.

Todos os eventos públicos foram suspensos por 30 dias, independentemente da quantidade de pessoas.

Ontem, o governo do estado anunciou o fechamento de museus, teatros, bibliotecas e demais centros culturais do estado por 30 dias e dos Centros de Convivência do Idoso por 60 dias a partir de amanhã. A recomendação se estende para os setores privados de entretenimento.

Os funcionários públicos com mais de 60 anos deverão trabalhar de casa, desde que não sejam da área da saúde e segurança pública ou de áreas essenciais como da Fundação Casa e da Sabesp.

São Paulo tem 136 casos oficiais de contaminação pelo coronavírus, 71 a mais que o dia anterior, segundo balanço divulgado ontem às 19h10 pelo Ministério da Saúde.

Questionado sobre a recomendação de hoje feita pela OMS de testar todos os pacientes suspeitos, e não apenas os internados como orientou o Ministério da Saúde, o governo paulista disse que conversará com o ministério sobre como proceder.

Errata: este conteúdo foi atualizado
O texto informava de maneira errada no título e na homepage do UOL que o governo do estado iria reduzir a oferta nos trens e nos ônibus da capital paulista e regiões metropolitanas. A fala do governador João Doria, no entanto, se referia à demanda dos usuários. O texto foi corrigido.