O que se sabe sobre os quatro mortos por coronavírus em São Paulo
Resumo da notícia
- Os quatro mortos em São Paulo se encaixavam no grupo considerado de risco
- Todos tinham mais de 60 anos e apresentavam alguma comorbidade
- Todos os mortos eram homens. O primeiro tinha 62 anos, e os demais 65, 81 e 85
Os quatro mortos confirmados até o momento em São Paulo se encaixavam no grupo considerado de risco para o coronavírus. Segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde, todos tinham mais de 60 anos e apresentavam alguma comorbidade, que é a ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas, no mesmo paciente e ao mesmo tempo.
A primeira morte foi de um homem de 62 anos, com doenças crônicas. Morador da capital paulista, ele não apresentava um histórico de viagens e foi internado no dia 14 de março na UTI do Hospital Sancta Maggiore, da rede Prevent Senior. A morte ocorreu na segunda-feira (16), porém só foi notificada na terça-feira (17) ao governo.
A segunda morte foi de um homem de 65 anos, com comorbidades, também morador da capital. Ele estava internado no Hospital Sancta Maggiore desde o dia 15 de março, segundo informou o hospital.
A terceira morte se trata de um homem, de 81 anos, morador de São Paulo. A secretaria de saúde diz que o paciente possuía comorbidades. Porém, em boletim enviado hoje, a Prevent Senior diz que ele não possuía.
A quarta morte, confirmada na noite de hoje, é de um homem de 85 anos, com comorbidades, morador da capital. A secretaria informou que ele estava internado em um hospital da rede privada, assim como os demais, mas não especificou se era o Sancta Maggiore.
Grupos de risco
Pacientes acima de 60 anos, pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidos são considerados grupos de risco por órgãos internacionais de saúde devido à taxa de mortalidade mais alta registrada nesses casos.
Dados do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças mostram que 3,6% das pessoas com mais de 60 anos que se contaminam com o vírus morrem; esse percentual sobe para 8% para quem tem mais de 70 e para 14,8% para quem tem mais de 80 anos.
Além de idosos, asmáticos, hipertensos, diabéticos, doentes renais e fumantes integram os grupos de risco.
Porém, segundo o infectologista do Emílio Ribas, Leonardo Weissmann, se uma pessoa pertence a um grupo de risco, não necessariamente ela deve apresentar quadro pior.
"Não significa que, se a pessoa estiver no grupo de risco, obrigatoriamente ela vai desenvolver formas graves. Tem gente do chamado grupo de risco que desenvolve formas mais leves da doença e pessoas que, às vezes, nem manifestam sintomas ou têm um quadro semelhante a um resfriado comum".
Segundo o especialista, compor um grupo de risco significa apenas que a pessoa deve ser monitorada com mais atenção que as demais. Mas, caso venha a desenvolver os sintomas, o tratamento vai depender da gravidade da situação.
A covid-19 tem letalidade baixa, de aproximadamente 3,4%, segundo estimou a OMS em 3 de março. É um valor menor que da dengue, por exemplo, mas maior que do sarampo e da gripe comum.
*Colaborou Alex Tajra, do UOL, em São Paulo
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