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Brasil produz remédio contra malária testado para coronavírus

Getty Images
Imagem: Getty Images

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

19/03/2020 21h01Atualizada em 19/03/2020 21h03

O Brasil tem a capacidade de produzir em laboratórios públicos o medicamento contra a malária que está sendo testado para o tratamento do novo coronavírus e eventualmente garantir o tratamento da população caso o uso da droga seja aprovado.

A afirmação é do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, que respondeu a perguntas de jornalistas durante entrevista coletiva na sede do Ministério da Saúde na tarde de hoje.

A hidroxicloroquina é utilizada no tratamento da malária desde a década de 1940.

Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuciou que a FDA (Food and Drug Administration), a agência americana de fiscalização e regulamentação de alimentos e remédios, iniciou testes clínicos com pacientes para o uso da droga contra o coronavírus.

Denizar Vianna, do Ministério da Saúde, diz que os testes já conhecidos são "promissores" mas são necessários estudos mais aprofundados antes que a droga possa ser recomendada como tratamento contra o novo vírus.

"Os dados são promissores, existe uma plausibilidade biológica de que esse mecanismo de ação faça sentido, só que os estudos são ainda insuficientes", disse Vianna.

Segundo o secretário, não é preciso haver uma corrida às farmácias, pois o Brasil tem uma grande capacidade de produção do medicamento em laboratórios públicos.

"Está havendo uma busca de comprar esses medicamentos na farmácia. A orientação do Ministério da Saúde é: não façam isso", diz Vianna.

"O Ministério da Saúde tem uma condição de produção desse medicamento muito grande", ele afirma.

"Nós temos laboratórios públicos oficiais que fabricam esse medicamento, então nós temos hoje um potencial de se, por ventura, esses estudos mostrarem esse tipo de benefício, de prover esse tratamento à população", conclui Vianna.