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Doria nega limitar direito de 'ir e vir' e ignora críticas com tom político

3.abr.2020 - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus - Divulgação/Governo de São Paulo
3.abr.2020 - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 12h52

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), negou que tenha a intenção de proibir a população de sair de casa durante a quarentena no estado. Durante entrevista coletiva concedida hoje, ele afirmou que o governo não vai restringir o direito das pessoas de ir e vir, mas que também não vai estimular o desrespeito ao isolamento social.

"Vamos proteger o direito e liberdade de ir e vir. Nunca o governador pensou em restringir o direito de ir e vir. Não faremos nenhum estímulo para que as pessoas possam desrespeitar a orientação da quarentena e o direito à vida", afirmou.

A suposta proibição do direito de ir e vir tem sido usada em perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para atacar o governador. Foi inclusive criada a hashtag #DitaDoria para criticar as medidas adotadas pelo político tucano. O governo paulista, no entanto, decidiu não recuar. As autoridades de saúde indicam que é preciso alcançar 70% de isolamento social para não haver colapso do sistema.

Doria afirmou que adversários usam a quarentena para fazer ataques políticos e disse que não mudará a postura porque está amparado pela ciência.

"Não estou preocupado com ataques de pessoas que tem um sentido e um espírito político. A eles, o meu distanciamento. Prefiro ficar com a medicina, com a saúde. Os médicos indicam que o procedimento correto é o isolamento social", afirmou.

O governador também anunciou uma nova campanha que será veiculada nas emissoras de rádio e TV a partir de hoje. A propaganda reforça o pedido para que as pessoas fiquem em casa.