Coronavírus: pela 1ª vez, Brasil tem mais de 200 mortes confirmadas em 24 h
Resumo da notícia
- Com 204 óbitos divulgados hoje, sobe para 1.532 o total de mortes pela covid-19 no país
- Brasil está entre os dez países com o maior números de mortos pela doença entre ontem e hoje
- No total, são 25.262 casos oficiais no país, com 1.832 registros novos em 24 horas
- Segundo o ministério, do total de infectados, 55% se recuperaram da doença
- São Paulo é o estado com o maior número de pessoas mortas pelo coronavírus (695), seguido do Rio (224)
- Tocantins é o único estado no país sem registrar óbitos
O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 1.532 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — são 204 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até ontem, eram 1.328 mortes no total.
Este é o maior número de mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde em um período de 24 horas. O recorde anterior no Brasil era de 141 mortes, divulgadas no dia 9 de abril.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o sétimo país no ranking dos que mais confirmaram óbitos entre ontem e hoje:
- EUA - 1528
- Reino Unido - 717
- França - 572
- Itália - 564
- Espanha - 517
- Bélgica - 303
- Brasil - 204 (segundo o Ministério da Saúde)
- Alemanha - 170
- Irã - 98; Turquia - 98
- Holanda - 86
O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 204 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia.
No total, são 25.262 casos oficiais no país, segundo o governo federal, com 1.832 registros novos de ontem para hoje.
55% dos doentes estão curados, diz governo
Nesta terça, o Ministério da Saúde divulgou pela primeira vez o número de pacientes recuperados da doença — são considerados recuperados apenas os casos confirmados de coronavírus que tiveram alta hospitalar ou não apresentam mais sintomas.
Dos 25.262 casos confirmados de covid-19 no país, 14.026 são considerados recuperados da doença — o número representa 55% dos casos oficiais
Além dos pacientes recuperados e dos casos que resultaram em morte, há ainda 9.704 pacientes que ou ainda estão internados ou ainda não tiveram o resultado do exame com a confirmação do diagnóstico e, por isso, não podem ser considerados recuperados.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, não entram na estatística de pacientes recuperados aquelas pessoas que, por não terem apresentado sintomas da doença, não chegaram a fazer o teste para a detecção do vírus.
"Eu só posso falar no paciente recuperado a partir do paciente que eu confirmei que teve coronavírus, eu não posso falar na recuperação de quem é assintomático", explicou Gabbardo.
A taxa de letalidade — que compara os casos já confirmados no Brasil com a incidência de mortes — é de 6,1%.
No total, as mortes relacionadas ao vírus em cada estado são: Acre (3); Alagoas (4), Amapá (6); Amazonas (90); Bahia (22); Ceará (107); Distrito Federal (17); Espírito Santo (17); Goiás (15); Maranhão (32); Mato Grosso (4); Mato Grosso do Sul (4); Minas Gerais (27); Pará (19); Paraná (36); Paraíba (16); Pernambuco (115); Piauí (8); Rio Grande do Norte (18); Rio Grande do Sul (18); Rio de Janeiro (224); Rondônia (2); Roraima (3); Santa Catarina (26); São Paulo (695); Sergipe (4).
O único estado que não registrou nenhuma morte é Tocantins.
Recordistas no número de casos, os Estados Unidos contabilizaram 1.509 mortes em decorrência do coronavírus apenas ontem. O país já soma mais de 592.743 casos e 24 mil mortos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Ministro reaparece em balanço diário
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve presente para a entrevista coletiva do Palácio do Planalto, na tarde de hoje, para discutir a situação do coronavírus no Brasil. Ontem, o ministro foi ausência na bancada mesmo após ter sido anunciado como participante pela Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).
Mandetta disse que suas declarações recentes — principalmente após entrevista à Globo em que afirmou esperar "uma fala unificada e o fim da dubiedade" entre suas orientações e as do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) — não foram tentativas de forçar um pedido de demissão como titular da pasta.
"Não, não vejo nesse sentido. Acho que é mais uma questão relacionada à comunicação, como vamos nos comunicar. Nada além disso, é trabalho mesmo que estamos focados", disse Mandetta.
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