Em São Paulo, leitos de UTI da rede municipal ultrapassam 80% de ocupação
Resumo da notícia
- Rede municipal tem 82% de ocupação dos leitos de UTI e acende alerta das autoridades
- Quando incluindo enfermaria, o número de pacientes internados saltou 25% em um único dia
- Na rede pública estadual, o percentual atinge 88% e pacientes podem ser transferidos para o interior
A pressão na rede pública de saúde na cidade de São Paulo continua a crescer e agora os leitos de UTI dos hospitais municipais também ultrapassaram a marca de 80% de ocupação, considerado sinal de alerta por especialistas. O boletim da prefeitura de hoje indica que 82% das vagas de terapia intensiva estão preenchidas.
Na rede estadual de saúde, o sinal de alerta está aceso desde a semana passada e motivou as autoridades de saúde a anunciarem que pessoas podem ser transferidas para o interior por falta de UTI. Hoje, o percentual de ocupação na terapia intensiva está em 88%.
Na rede municipal, a situação era menos preocupante até semana passada e a variação na ocupação das UTIs ficava entre 71% e 76% —este último, a taxa de ocupação de ontem. O aumento rápido mostra a evolução na transmissão do coronavírus antes mesmo do pico da doença. O cenário faz especialistas acreditarem que o sistema vai entrar em colapso nos próximos dias ou semanas.
O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a situação é consequência da queda no isolamento social e reflexo de atitudes de 15 dias atrás. Os hospitais com maior lotação são os de Pirituba e Parelheiros, que ultrapassam os 90% de ocupação das UTIs.
Para se ter uma ideia do avanço da covid-19, no domingo eram 1.062 pacientes internados na rede municipal, incluindo enfermaria. Nesta segunda-feira, já são 1.336 pessoas —alta de 25% em um único dia. As periferias das zonas Leste e Norte são as áreas mais preocupantes.
Em relação às vítimas fatais de coronavírus, a cidade de São Paulo tem 1.775 mortes confirmadas e outras 2.142 suspeitas. Já faz algumas semanas que a prefeitura leva em conta os casos suspeitos para montar sua estratégia de enfrentamento e definir quais pontos da cidade deve reforçar o trabalho.
O secretário municipal de Saúde prevê que a situação de aceleração da pandemia continuará e prega o isolamento social para conter a covid-19. Ele já falou em mais de uma ocasião que é contrário ao afrouxamento da quarentena na cidade de São Paulo por preocupação que a situação saia do controle.
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