Witzel diz que cobrará Bolsonaro e exalta diálogo apesar de 'divergências'
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, não esconde que tem divergências políticas com Jair Bolsonaro (sem partido), que considera "profundas", mas enalteceu o fato de ter sido convidado para uma reunião com a presidência da República e a possibilidade de dialogar sobre o coronavírus.
"Eu tenho divergências políticas com o presidente, que são profundas e nasceram a partir das nossas gestões, mas sempre vou discutir. Para mim, não importa o partido e a ideologia. Vou me sentar e conversar sempre, com diálogo e de forma respeitosa. A democracia ganha com isso", disse, em coletiva de imprensa.
"Será muito importante a aprovação da lei que dá recursos aos estados e municípios. Aquilo que for colocado na reunião nós vamos debater e conversar. Nós temos necessidade de enfrentamento das necessidades sociais, precisamos de agilidade disso. Vou cobrar isso do presidente", avisou Witzel.
O governador fez algumas ponderações sobre o que acredita que o governo federal precisa fazer durante a crise do novo coronavírus. Por exemplo, ele disse que o auxílio emergencial de R$ 600 —aos mais vulneráveis— deveria ser pago em conjunto com outros bancos, não centralizado apenas na Caixa Econômica Federal.
"É preciso que se repense a forma de pagamento do auxílio para não concentrar só na Caixa, envolver outro banco para não formar tantas filas. Cada governador tem uma necessidade diferente. A densidade populacional do Rio de Janeiro é muito maior do que a de Minas Gerais", explicou.
"Agradeço o convite da presidência da República para reunião com os governadores. Reuniões são necessárias. Isso demonstra que, no dado momento, é preciso convergir", exaltou Witzel.
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