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Conass: Protocolo sobre cloroquina é de responsabilidade única da Saúde

Equipe médica mostra  pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina - GERARD JULIEN/AFP
Equipe médica mostra pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina Imagem: GERARD JULIEN/AFP

Do UOL, em São Paulo

20/05/2020 21h14

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) negou hoje ter concedido apoio às orientações do Ministério da Saúde sobre o uso da cloroquina em tratamentos para o novo coronavírus. Ainda, o conselho afirmou, por meio de nota, que o protocolo divulgado hoje é "de única responsabilidade" da pasta e que não há evidências clínicas sobre a eficácia da medicação no combate à covid-19.

"Assim, ao contrário do que foi divulgado em entrevista coletiva no dia de hoje, deixa claro que tais orientações são de única responsabilidade do Ministério da Saúde. É sabido, e o mencionado documento assim expressa, que não há evidências científicas que sustentem a indicação de quaisquer medicamentos específicos para a covid-19", diz trecho do texto divulgado pela Conass esta noite.

Mais cedo, em entrevista coletiva, secretários da Saúde afirmaram que o protocolo havia sido aprovado por diversas entidades da área, como o próprio Conass, e o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Ainda, disse que contava com o apoio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

No entanto, ainda ontem, a Opas havia desaconselhado o uso dos medicamentos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) foi outra a reforçar a falta de estudos que comprovem a eficácia dos fármacos em tratamentos para covid-19, assim como sociedades médicas.

A nota do Conass também destacou que "repousa sobre o médico a responsabilidade da prescrição" e de pacientes que aceitarem o tratamento, desde que de forma consentida.