Prefeito de Belém anuncia que não vai prorrogar lockdown na capital
O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), anunciou em sua rede social que não vai prorrogar o lockdown da capital, cujo decreto municipal encerra no próximo domingo (24), apesar dos leitos de UTI estarem ocupados em sua totalidade. A justificativa é a redução na procura por atendimento nas unidades de emergência na cidade e a necessidade de retorno das atividades econômicas.
A prefeitura criou um comitê, no início da semana, com a participação de empresários e representantes dos trabalhadores para discutir as medidas da retomada gradual das atividades. Mas os detalhes de como isso vai funcionar na prática só serão informados no domingo, segundo a assessoria de imprensa.
O estado também se reuniu com representantes do setor produtivo para discutir esse retorno e deve manter o lockdown apenas em alguns municípios do interior onde os casos estão aumentando, mas ainda não houve um anúncio oficial.
Em reunião realizada ontem, o governador Hélder Barbalho disse que os critérios serão decididos a partir das particularidades de cada região.
"Todos os planos devem levar em consideração as regiões do estado. Para isso, estamos buscando a investigação epidemiológica para conhecer a situação das localidades e avaliar calendários mais específicos", declarou.
Zenaldo Coutinho ressaltou a importância do retorno das atividades econômicas, mas de forma segura.
"Nós estamos em uma sequência de preparação para o momento seguinte e como se dará isso, de forma responsável e séria. A gente vai ter que cobrar muito das pessoas disciplina. Retomando as atividades econômicas que são essenciais. A cidade precisa retomar as suas atividades econômicas, mas não pode ninguém sem máscara, ninguém aglomerado", informou Zenaldo Coutinho.
O prefeito também afirmou que as UTIs ainda estão com ocupação máxima.
"Nesse momento, as urgências e emergências estão aliviadas. Os nossos hospitais estão com ocupação, mas sem excesso. As nossas UTIs, no hospital D. Zico (destinado a covid),estão ocupadas em sua totalidade e na rede estadual estão com déficit para essa integração. Eu diria que o nível de ocupação nós estamos lutando para regularizar. Esse é ainda um grave detalhe a ser resolvido para termos mais tranquilidade para as novas medidas a serem adotadas", salientou.
A capital, considerada epicentro da pandemia no estado, começa a dar sinais de redução dos casos, que agora se concentram mais no interior. Essa semana o secretário de saúde do Pará, Alberto Beltrame, informou que quatro municípios estão exigindo mais atenção: Altamira, Breves (Marajó), Cametá e Parauapebas.
Com o atraso no envio de informações dos municípios, o estado mudou a forma de divulgação do boletim diário. Agora, eles incluem os casos do dia e os casos anteriores repassados no dia. O boletim de hoje aponta 21.469 casos e 1.939 mortos, sendo que os casos que ocorreram nas últimas 24 horas são 50 e os mortos, 3.
O decreto de lockdown começou a valer na capital e em mais nove municípios do interior do estado no dia 10 de maio e, na segunda semana, foi ampliado para outros sete municípios de outras regiões. Marabá, no sudeste paraense, foi retirada da lista após solicitação à Procuradoria-Geral do Estado, alegando que o sistema de saúde local não estava saturado.
Ontem, o Pará ficou na terceira colocação no ranking de isolamento, com índice de 48,6%. No entanto, o valor ainda é muito abaixo do recomendado pela OMS, que é de 70%. Na sequência vem o Amapá, com 55,10%, e o Acre, com 48,79%.
Desde que a medida começou a valer, já foram aplicadas 4.289 multas para quem estava circulando pela cidade sem comprovação de necessidade.
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