SP tem feriado hoje no estado após capital não atingir meta de isolamento
Resumo da notícia
- Taxa de isolamento oscilou entre 49% e 52%; meta era de 55%
- Na rede pública municipal, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 88%
- Isolamento social é medida mais eficaz para conter contágio e garantir "fôlego" ao sistema público de saúde
- Prefeitura de São Paulo informou ainda não haver posicionamento e que uma avaliação deverá ser feita hoje
Diferente do desejado, os cinco primeiros dias do megaferiado não transformou a cidade de São Paulo em uma metrópole de ruas abandonadas. No melhor dia, o isolamento social ficou em 52%. No pior, somente 49% da população obedeceu ao mantra "fique em casa". Hoje, foi decretado feriado em todo o estado por conta da antecipação do 9 de julho (Revolução Constitucionalista).
A esperança de a curva de adesão à quarentena experimentar um pico, chegando aos desejados 55%, não se confirmou até agora. O dado de domingo ainda não foi divulgado. O que houve foi a repetição de soluço de poucos pontos percentuais no engajamento ao isolamento social que ocorre nos finais de semana.
A falta de mudança no comportamento das pessoas continuou a se refletir nos leitos de UTI.
Na rede pública estadual da Região Metropolitana de São Paulo, as vagas de terapia intensiva estão com 91,8% de ocupação. Na rede pública municipal, a taxa de ocupação é de 88%. Neste momento, há 5.231 pessoas internadas em UTI na região que é considerada o epicentro da pandemia no Brasil.
Na semana passada, a criação do megaferiado foi descrita como a última cartada disponível pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Depois desta tentativa, não haveria mais armas a que o município possa recorrer para aumentar o isolamento social.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou ainda não haver posicionamento e que uma avaliação deverá ser feita hoje.
Isolamento de sexta foi igual ao de dia comum
O isolamento social é uma obsessão das autoridades de saúde porque é o melhor meio de conter a taxa de contaminação do novo coronavírus e dar aos governos "tempo" para evitar o colapso do sistema de atendimento.
Os primeiros números do trânsito davam esperanças. Queda de 35% de no movimento do sistema Anchieta-Imigrantes, redução pela metade de passageiros no metrô, ônibus e trem do transporte da Grande São Paulo.
Ao mesmo tempo, havia várias frentes de desrespeito ao megaferiado. Desde barracas de vendedores ambulantes na porta de estações de metrô, até bancos abertos. Houve volume grande de veículos nas marginais e pessoas praticando esportes nas periferias ou na avenida Paulista. Houve inclusive piquenique na parte acessível do Parque do Ibirapuera .
Quando os índices de isolamento social saíram, mostraram que os pessimistas estavam certos. O pior dia entre todos os resultados foi o da sexta-feira, quando era ponto facultativo. A adesão à quarentena ficou em 49%, o mesmo percentual de terça-feira, dia de trabalho comum.
O prefeito de São Paulo disse que na próxima quarta-feira deve haver a divulgação do que vai acontecer em São Paulo a partir de junho. O atual decreto de quarentena expira no domingo.
Pessoas que participam das discussões informaram ao UOL que o cenário mais forte hoje é o da implementação de mais restrições da Região Metropolita da capital. Alguns negócios que hoje são permitidos deixariam de ser autorizados a funcionar. Mas um lockdown completo não se desenha como possibilidade mais provável.
Prefeitura e governo do Estado devem se manifestar com avaliações sobre o megaferiado nesta segunda. As declarações vão dar mais pistas de qual caminho escolherão para o enfrentamento ao coronavírus.
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