Crivella detalha abertura de centros comerciais e cogita antecipar fase 3
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), deu detalhes da fase 2 da reabertura comercial da capital fluminense e explicou que quer usar o Mercadão de Madureira, que retomou atividade hoje, como exemplo para que outros centros comerciais possam voltar, após a paralisação por conta do coronavírus.
O governante também disse que cogita antecipar a fase 3, prevista para 1 de julho, e afirmou que espera que, após uma reunião amanhã, o futebol retorne na quinta-feira (22), com um jogo no Macaranã. São previstas seis fases de reabertura até o Rio voltar a um "novo normal".
Comércio de rua
"Ontem teve uma reunião grande no mercado de Madureira, marcando chão, portas fechadas, só uma que abre, câmeras para fiscalizar, avisos nos corredores... A ideia é que o Mercadão de Madureira seja um exemplo para todos os centros comerciais. E controle não só de capacidade, mas de temperatura", explicou ele, em coletiva de imprensa.
Por outro lado, ele afirmou que comércio de rua ainda não deve funcionar. Crivella citou Curitiba e Porto Alegre como cidades que reabriram rapidamente e tiveram "de dar marcha à ré".
"Eu faço um apelo, por favor, vamos seguir as regras. Quem não quiser seguir [com a reabertura], não tem problema. Eles estão na prudência, acho isso espetacular. Quem precisa voltar, tem que seguir as regras. Faço um apelo dramático. Por favor, vamos manter as regras e superar essa fase difícil. Comércio de rua não pode abrir", afirmou ele.
Crivella ainda indicou que prevê que, se os índices da covid-19 e de ocupações hospitalares seguirem melhorando, a fase 3 pode ser antecipada e começar daqui a cerca de dez dias.
"As exigências para a terceira fase são sete. Delas, ainda faltam quatro. Mas pode ser que elas se cumpram nos próximos dez dias, então pode ser que a gente não espere nem 15 dias. Antes do dia 1 de julho, estaremos com todas as nossas exigências, em termos de leitos, vagas, velocidade de infecção, número de óbitos, vão estar prontos para antecipar a fase três. Então, peço um pouco de paciência dos lojistas das ruas, para que a gente aguarde mais uns dez dias, que estaremos prontos", afirmou o prefeito.
Academias e futebol
Crivella citou um retorno das academias em breve. "Tem várias coisas na terceira fase, inclusive, se não me engano, academias, com um terço de lotação. É uma coisa que tem sido muito pedida. As pessoas querem voltar a fazer ginástica. Esse período todo em casa deixa as pessoas deprimidas. Com capacidade vigiada, temperatura, aquilo tudo", explicou.
Sobre o futebol, defendeu que clubes que queiram voltar, voltem. E que os que preferem adiar um retorno aos campos, sejam respeitados pela Federação local.
"A fase permite. Porém depende da conversa com a Federação, porque Botafogo e Fluminense querem ter o direito... É o que eu estava explicando, as pessoas não precisam seguir os passos da prefeitura, elas decidem o que elas decidem. Eles não querem jogar, então, para não ter judicialização e não suspender o campeonato novamente, a ideia é fazer um acordo, quem quiser jogar, joga, quem não quiser, tem que respeitar e só jogar em julho. Amanhã às dez da manhã estaremos reunidos para definir isso", disse Crivella.
As fases da reabertura
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou em 1 de junho o plano de flexibilização gradual da quarentena. No dia 2, atividades em igrejas e na orla foram retomadas, em partes —passou a ser permitido dar um mergulho e nadar, mas não ficar na areia, por exemplo.
A reabertura das atividades econômicas será dividida em seis etapas "lentas, graduais e com segurança".
Cada fase tinha previsão de ter duração de 15 dias, com a taxa de mortes e infecções sendo avaliada semanalmente.
Apesar dos planos quinzenais, houve antecipação de algumas atividades, como abertura de shopping centers na cidade.
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