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RJ: Secretaria de Saúde recomenda não abrir hospitais de campanha atrasados

A recomendação da pasta se baseia na atual baixa ocupação de UTIs na capital e no alto custo mensal para se manter um hospital de campanha - Lucas Tavares/Zimel Press/Estadão Conteúdo
A recomendação da pasta se baseia na atual baixa ocupação de UTIs na capital e no alto custo mensal para se manter um hospital de campanha Imagem: Lucas Tavares/Zimel Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

22/06/2020 08h25Atualizada em 22/06/2020 10h17

Um estudo técnico elaborado pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio apontou como recomendação que os hospitais de campanha que ainda não foram abertos não precisam mais ser inaugurados. A informação foi revelada hoje pela TV Globo e confirmada pelo UOL.

A recomendação da pasta se baseia na atual baixa ocupação de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) na capital - 55% dos leitos operacionais - e no alto custo mensal para se manter um hospital de campanha.

O estudo ainda prevê a possibilidade de uma segunda onda de contaminação no Rio de Janeiro, mas pontua que o estado pode "ofertar assistência para a população com a ativação dos leitos que ora se encontram impedidos".

O UOL entrou em contato com a Secretaria de Saúde do RJ, que disse que "o estudo da equipe técnica não é um parecer definitivo" e que uma decisão final sobre o tema "ainda será tomada".

O governo do RJ prometeu a inauguração de sete hospitais de campanha, mas apenas dois foram abertos: o de São Gonçalo, na Grande Rio, com mais de um mês de atraso; e o do Maracanã, que funciona na área externa do estádio.

Os outros cinco hospitais, que estavam com previsão de inauguração para abril e não foram abertos, são os de Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nova Friburgo, Campo dos Goytacazes e Casemiro de Abreu.

Demissão de outro secretário

Nesta manhã, Fernando Ferry, secretário de Saúde do Rio de Janeiro, anunciou que deixará o cargo e pediu "desculpas à população". "A única coisa que tenho que falar é que eu tentei", disse o médico.

Ferry herdou a pasta de Edmar Santos, exonerado do cargo no dia 17 de maio por "falhas na gestão de infraestrutura dos hospitais de campanha para atender as vítimas da covid-19", disse o governo estadual na época.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do estado atualizados ontem, o Rio de Janeiro possui 96,1 mil casos oficiais do novo coronavírus e 8,8 mil mortes.