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Zema diz que MG terá pico de casos e mortes por coronavírus em 15 de julho

Romeu Zema, governador de Minas Gerais, disse que os próximos "20 ou 25 dias" serão "cruciais" no combate ao coronavírus - Cristiane Mattos / O Tempo
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, disse que os próximos "20 ou 25 dias" serão "cruciais" no combate ao coronavírus Imagem: Cristiane Mattos / O Tempo

Do UOL, em São Paulo

23/06/2020 08h04Atualizada em 23/06/2020 09h36

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse em entrevista publicada hoje pelo jornal Estado de Minas em parceria com a TV Alterosa Leste que os próximos "20 ou 25 dias" serão "cruciais" no combate ao novo coronavírus e previu o pico da pandemia no estado em 15 de julho.

"Teremos 20 ou 25 dias cruciais. Agora é a hora da verdade. Se a curva crescer mais que o esperado, poderemos enfrentar dificuldades. Estamos fazendo de tudo para chegar no dia 15 [de julho] dentro de uma situação suportável", afirmou o governador.

Zema também disse que "as pessoas precisam, mais do que nunca, abraçar a causa, pois é agora que o número de casos tem crescido" em Minas Gerais.

"Vencemos muitas batalhas, mas a guerra está longe de terminar - e ainda vai levar alguns meses. O fato de termos ido bem até aqui parece que criou uma sensação de 'já ganhamos o jogo', mas não ganhamos", frisou.

No último sábado (20), Zema admitiu a possibilidade de decretar 'lockdown' em partes do estado. Hoje, em entrevista à Globonews, ele disse que, embora a situação do estado dentro do contexto Brasil seja "bem superior a média", há preocupação especial com as regiões do Vale do Aço, Triângulo Mineiro, Zona da Mata e a região metropolitana. "São quatro regiões que estão com número de casos bem acima do esperado", afirmou.

O governador acrescentou ainda que o país deveria ter tido, desde o início da pandemia, uma orientação nacional, algo que, em sua avaliação, não ocorreu.

"De certa maneira o ministério da Saúde fez algo, mas não algo que orientasse de forma mais incisiva estados e municípios. Com isso, nós acabamos tendo, como observamos nos últimos 90 dias, situações muito distintas, alguns estados entrando em colapso e outros com desempenho muito melhor. Talvez essa falta de orientação central pudesse ter evitado essa discrepância de ações", avaliou.

O governador ainda se solidarizou com as pessoas que morreram em decorrência da covid-19 e disse acreditar que só será possível fazer uma avaliação de onde a pandemia foi melhor conduzida quando ela acabar, evitando falar sobre a gestão do governo federal.

"Gosto muito de trabalhar com dados concretos. Só vamos ter condições de analisar se a pandemia lá (Europa) ou aqui foi mais bem conduzida ao término dela, que deve ser no ano que vem. Qualquer coisa antes seria mera aposta", afirmou.

Segundo dados atualizados ontem pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, o estado possui 28,9 mil casos oficiais de covid-19 e 688 mortes.