Governador do AM tem bens bloqueados por fraudes e secretária é presa
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), é um dos alvos da Operação Sangria, deflagrada na manhã de hoje pelo MPF (Ministério Público Federal) e pela PF (Polícia Federal) para apurar fraudes na saúde cometidas no combate à pandemia do novo coronavírus. Lima teve os bens bloqueados pela Justiça e estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em 14 endereços ligados a ele.
A operação, que tem 20 mandados de busca e apreensão, ainda inclui oito mandados de prisão. Entre as pessoas presas está a secretária de Saúde do estado, Simone Papaiz. Ela assumiu a pasta em abril, no início da pandemia.
Além de Simone, um servidor, dois ex-funcionários da Susam (Secretaria de Estado da Saúde) e outras quatro pessoas foram presas
- Alcineide Figueiredo Pinheiro, ex-gerente de compras da Susam
- Cristiano da Silva Cordeiro, empresário que teria emprestado o dinheiro para a operação
- Fábio José Antunes Passos, proprietário da empresa que vendeu os respiradores para o governo
- João Paulo Marques dos Santos, secretário-adjunto da Susam
- Luciane Zuffo Vargas de Andrade, dona da empresa que comprou e revendeu os respiradores para a loja de vinhos
- Perseverando da Trindade Garcia Filho, ex-secretário executivo adjunto da Susam
- Renata de Cássia Dias Mansur Silva, sócia da empresa que comprou e revendeu os respiradores para a loja de vinhos
Já o bloqueio de bens atingiu mais 12 pessoas físicas e jurídicas além do governador. No total, os bens bloqueados somam quase R$ 3 milhões. As medidas foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em uma rede social, Lima se disse surpreso com a operação e ser o principal interessado em esclarecer os fatos. O governador declarou ainda que tinha presa em adquirir matérias para o combate ao coronavírus e que nunca determinou a realização de práticas ilegais.
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