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Covid: País tem 72 mil mortes e média de 1.036 óbitos/dia, diz consórcio

Enterro de vítima da covid-19 no Cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo, na manhã deste sábado (11) - Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo
Enterro de vítima da covid-19 no Cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo, na manhã deste sábado (11) Imagem: Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

12/07/2020 18h13Atualizada em 12/07/2020 21h35

Até este domingo (12), o Brasil registrou uma média de 1.036 mortes diárias em decorrência da covid-19 na semana, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Segundo o levantamento, o país notificou 659 óbitos e 25.364 casos nas últimas 24 horas. Com esses números, chegamos a 72.151 vítimas e 1.866.176 casos entre os brasileiros.

O grupo de veículos de comunicação passou a divulgar a média móvel de novas mortes, que calcula a média de óbitos observada nos últimos sete dias. Essa operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

Os boletins divulgados em finais de semana e às segundas-feiras costumam informar números muito menores do que as edições de terças e quartas-feiras, em razão do atraso na divulgação de resultados de testes para a covid-19. Um óbito pode aparecer nas estatísticas de terça-feira, por exemplo, em razão desse represamento fora dos dias úteis.

País teve 631 óbitos em 24h, segundo Ministério

De acordo com o boletim de hoje do Ministério da Saúde, o Brasil registrou nas últimas 24 horas mais 631 mortes causadas pelo novo coronavírus. Além dos novos óbitos, que elevaram o total a 72.100, o país também confirmou mais 24.831 novos casos da doença. Agora, o total de infectados é de 1.864.681.

O número de novas mortes informado hoje pelo Ministério da Saúde, pela primeira vez, está abaixo de mil. Porém, como já registrado em outros momentos da pandemia, os estados notificam menos casos e óbitos aos finais de semana.

Ainda de acordo com o governo, o Brasil tem hoje 669.377 pacientes em acompanhamento 1.123.204 recuperados.

Bolsonaro critica 'pânico' na pandemia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que o combate à pandemia da covid-19 foi marcado pela "desinformação" e "pânico". Em publicação em suas redes sociais, intitulada "a hora da verdade", o presidente também falou sobre a situação econômica do país.

"A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar", disse.

Na última terça-feira (7), Bolsonaro disse ter testado positivo para a covid-19. Em manifestações via redes sociais, ele também afirmou estar se tratando com hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

'Blitz da Vida' no Rio

Ontem, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro aplicou 44 multas de R$ 107 a pessoas que circularam pelas praias sem máscaras durante a operação "Blitz da Vida". A ação, que foi repetida hoje, faz uma espécie de "pente-fino" nas praias cariocas para coibir aglomerações e exigir o uso de máscaras.

Mesmo com o risco de autuação, muitas pessoas aproveitaram o fim de semana ensolarado para romper o isolamento social, desrespeitando algumas das recentes restrições impostas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).

As equipes realizaram abordagens no calçadão e também retiraram banhistas da areia, uma vez que só estão liberadas atividades físicas individuais nesses locais. Em Ipanema, um casal chegou a entrar em conflito com os agentes que tentavam retirá-los da areia, mas acabaram sendo liberados após gritos e tumulto em torno da intervenção policial.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Estadão Conteúdo