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Gabbardo prevê cidade de São Paulo na fase verde de plano em até um mês

João Gabbardo dos Reis acredita que nas próximas semanas cidade de São Paulo será reclassificada - ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
João Gabbardo dos Reis acredita que nas próximas semanas cidade de São Paulo será reclassificada Imagem: ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

DO UOL, em São Paulo

27/07/2020 08h22

O secretário-executivo do Centro de Contingência do combate ao Coronavírus, João Gabbardo Reis, disse que a tendência aponta para que a cidade de São Paulo, dentro de até um mês, esteja na fase verde do plano estadual de retomada gradual da atividade econômica durante a pandemia. A previsão foi feita em entrevista à TV Globo.

Gabbardo indicou, conforme antecipado pelo UOL, que mudanças nos critérios de classificação devem ser anunciadas pelo governador João Dória (PSDB), o que permitiria que a capital antecipasse a passagem de fase. O plano prevê, entre outros pontos, que cidades classificadas como verde não tenham restrição de horários nos segmentos já liberados, permanecendo restrições de capacidade e aglomerações.

A previsão de Gabbardo foi feita depois de um questionamento sobre como se poderia imaginar o "novo normal" daqui um mês. Antes, o secretário disse que esperava que "nas próximas semanas" a capital passasse da fase amarela para a verde, em uma indicação de que a reclassificação possa ocorrer antes mesmo da previsão de um mês.

"Previsão é que em 30 dias a capital de São Paulo já esteja na fase verde, com todas as atividades funcionando sem restrição de horário, mas com restrição de capacidade. O que tem acontecido normalmente, porque a população tem ficado receosa de sair, ir para as ruas... Passando para essa fase verde, além da ocupação, vão ficar com restrições eventos que envolvem aglomerações, isso só será possível mais adiante, na fase azul", explicou.

Conforme antecipado pelo UOL, a principal mudança do critério da classificação do Plano São Paulo será realizada na obrigação da manutenção de leitos abertos específicos para a covid-19.

Pelos critérios atuais, a promoção para a fase verde exige taxa de ocupação de leitos de covid-19 abaixo dos 60%. Ocorre que isto significa manter por tempo indeterminado vagas que não são usadas, gerando custos e diminuindo a capacidade de hospitais. Prefeitos reclamaram da situação no começo do mês e agora o governo estadual vai alterar esse percentual.

Na entrevista à TV Globo, Gabbardo disse que estes leitos poderão ser revertidos para atender pacientes de covid-19 em caso de necessidade.

"O centro de contingência se posicionou, o Doria deve anunciar nos próximos dias os motivos desta mudança. O plano estabelece como um dos critérios para mudar da fase amarela para a verde um percentual menor de 60% de ocupação leitos, o que significa que 40% teriam que estar disponíveis", disse.

"Como os índices estão decréscimo na cidade de São Paulo, não há necessidade de ter 40% ociosos sendo que as pessoas seguem infartando, tendo acidentes. O importante é que eles possam ser usados para covid-19 ainda, caso necessário podem ser requisitados de novo, diferente de quando não tínhamos leitos suficientes (no começo da pandemia)", completou.

Fase azul só com vacina

Gabbardo ainda disse que é improvável que qualquer cidade do estado atinja a fase azul, a que tem menor número de restrições, antes de a vacina ser aplicada na população. Em sua avaliação, não existe a perspectiva de uma imunização natural que permita este avanço.

"Acho muito difícil, azul só poderá ocorrer com a população já imunizada. Se puder naturalmente, será possível, mas isso não vai ocorrer. Isso só deve ocorrer com imunidade com vacina", disse.