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Vacina será liberada na melhor data, diz indicado para presidir Anvisa

No comando da Anvisa, Antônio Barra Torres declarou que o país, assim como o mundo, busca rapidez na produção de vacinas contra a covid-19 - SIPHIWE SIBEKO
No comando da Anvisa, Antônio Barra Torres declarou que o país, assim como o mundo, busca rapidez na produção de vacinas contra a covid-19 Imagem: SIPHIWE SIBEKO

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

19/10/2020 21h00

O diretor-presidente substituto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, declarou hoje que a vacina contra a covid-19 será disponibilizada "na melhor data". No entanto, ele acrescentou que trabalhar com prazos precisos para liberar a imunização é "extremamente perigoso".

Quanto ao prazo da resposta da agência em termos de registro, será na melhor data. Qualquer um que hoje disser 'dia tal estarei iniciando campanha de vacinação' está se lançando num território extremamente perigoso e com chances muito grandes de se desdizer num curto intervalo de tempo
Antônio Barra Torres

A declaração de Barra, médico e militar, ocorreu enquanto ele era sabatinado por comissão no Senado para atuar de forma permanente no comando da Anvisa. Ele chegou à agência em agosto do ano passado e ocupa a presidência interina desde dezembro.

Ainda hoje, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recuou de anúncios feitos anteriormente e disse que não deve disponibilizar a vacina contra o novo coronavírus este ano.

Doria chegou a divulgar uma previsão para o lançamento da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac. O governador disse que ela seria aplicada em profissionais de saúde a partir de 15 de dezembro, caso aprovada em todos os testes.

Esta agência dará a resposta no melhor tempo, o menor possível, é claro, porque nós temos familiares, parentes, que já faleceram, por causa dessa doença. Nosso interesse é institucional e, é claro, pessoal
Antônio Barra Torres

Barra Torres teve a indicação para presidir a Anvisa de forma efetiva aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Agora, ele terá o nome avaliado pelo plenário da Casa.