Privatização do SUS seria insanidade e nunca esteve em análise, diz Guedes
A privatização do SUS (Sistema Único de Saúde) nunca esteve em análise no governo e seria uma insanidade, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo ele, houve uma interpretação equivocada do decreto presidencial que permitia estudos para parcerias entre os setores privado e público para construção e administração de UBS (Unidades Básicas de Saúde). Após a repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revogou o decreto.
Guedes afirmou que a pandemia do coronavírus mostrou a importância de o Brasil ter um sistema descentralizado de saúde, nos moldes do SUS.
Segundo ele, o país possui obras paralisadas para construção de mais de quatro mil unidades de saúde que poderiam ser usadas para enfrentar a pandemia e as necessidades da população.
"O SUS mostrou a decisiva importância de se ter um sistema descentralizado de atendimento de saúde. E isso ficou claro durante a crise. Seria um contrassenso falar em privatizar o SUS. Eu garanto que jamais esteve sobre análise a privatização do SUS. Isso seria uma insanidade", disse.
A ideia com o decreto, afirmou Guedes, era estudar a possibilidade de o setor privado assumir as obras, a compra de equipamentos e o governo pagasse as consultas por meio de um voucher.
Mandetta 'animador de televisão'
Também hoje, Paulo Guedes afirmou que o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), é animador de televisão e inconsequente.
As declarações de Guedes foram uma resposta às críticas de Mandetta, que afirmou que não teve apoio do Ministério da Economia no combate ao coronavírus.
Segundo Guedes, desde o início do combate ao coronavírus o Ministério da Economia liberou recursos para o Ministério da Saúde,
O ministro da Economia também disse que Mandetta tinha problemas de gestão e não conseguia fazer um bom trabalho de logística para entregar aparelhos e medicamentos para os diversos estados.
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