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Pazuello falará no dia 2 ao Congresso sobre testes encalhados e vacinas

Ministério da Saúde tem quase 7 milhões de testes de covid-19 que vencem entre dezembro e janeiro - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Ministério da Saúde tem quase 7 milhões de testes de covid-19 que vencem entre dezembro e janeiro Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

25/11/2020 18h02Atualizada em 25/11/2020 18h21

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falará na quarta-feira que vem (2) ao Congresso Nacional sobre os testes para o diagnóstico da covid-19 encalhados em estoque do governo federal e prestes a vencer.

O Ministério da Saúde tem estoque de 6,86 milhões de testes RT-PCR para a detecção da doença que perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O ministro foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o caso ontem pela comissão mista do Congresso que acompanha ações do governo ao longo da pandemia.

Em audiência de comissão da Câmara hoje, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros, afirmou que, apesar da validade externa de caixas de testes para a detecção da covid-19 ser de até dezembro de 2020 ou até março de 2021, a validade de itens que compõem esses kits vão além desse prazo, podendo chegar ao final de 2023.

O Ministério da Saúde disse que buscará pedir a extensão dessa validade junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estudo elaborado pelo laboratório coreano responsável pelos kits, recebido hoje pela pasta, mostra que os produtos podem ser utilizados por 12 ou 13 meses. Ou seja, para mais quatro meses a partir de dezembro deste ano no caso dos kits que vencem no próximo mês.

Ao Congresso, Pazuello também deverá falar de questões orçamentárias e de reunião que manteve com representantes das empresas Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto e Moderna. Elas desenvolvem, em fase avançada, vacinas contra a covid-19.

Os parlamentares querem mais informações se, por exemplo, foram comunicados à pasta premissas necessárias à compra das vacinas — preços, efetividade, segurança — e sobre possível assinatura de cartas de intenção não-vinculantes com essas empresas visando eventuais futuras compras de imunizantes.

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar, a partir da sexta-feira da próxima semana (4), em sessão no plenário virtual, ações movidas por partidos políticos que tentam obrigar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a comprar vacinas contra covid-19.

Ontem, o ministro do tribunal Ricardo Lewandowski votou para obrigar o governo federal a apresentar um plano de vacinação em 30 dias.