Topo

Esse conteúdo é antigo

Pazuello diz que rede privada terá vacina após SUS 'cumprir o que precisa'

Brasil ainda não assinou contrato de compra com nenhuma empresa que produza as vacinas - Adriano Machado/Reuters
Brasil ainda não assinou contrato de compra com nenhuma empresa que produza as vacinas Imagem: Adriano Machado/Reuters

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

17/12/2020 15h16Atualizada em 17/12/2020 15h28

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (17) que a rede privada do país terá acesso às vacinas contra a covid-19, mas após o SUS (Sistema Único de Saúde) atender a população no Plano Nacional de Imunização.

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou ontem um plano para vacinar a população. Até agora, o país ainda não assinou contrato de compra com nenhuma empresa ou laboratório que produza os imunizantes — apenas de intenção. Nesta quinta (17) o Ministério da Saúde reafirmou que não há data definida para o início da vacinação em território nacional.

"Ontem, conversando com uma pessoa do Congresso sobre a saúde privada e a possibilidade de ser comprada pela saúde privada, sim, [será] autorizada por nós a partir do [momento] que a gente já tenha cumprido, do que a gente precisa receber", disse Pazuello em audiência no Senado para discutir a vacinação.

O ministro disse que a prioridade é para atendimento via SUS, que é gratuito à população.

"Claro que se deve comprar também no privado, mas com prioridade para o SUS, com prioridade para o nosso programa nacional, que é para todos. Essa é a realidade que precisa ser colocada", disse o ministro.

Pazuello afirmou que durante a distribuição das vacinas, não haverá separação de estados e municípios por classe.

"Todos os brasileiros serão vacinados igualitariamente e todos os estados receberão, dentro da proporção dos grupos, a vacina simultaneamente, para que haja a vacinação grátis para todos os brasileiros. Eu acho que isso é a resposta que todos precisavam ouvir", disse Pazuello.

Em São Paulo, o governador João Doria (PSDB), que articula a produção de vacinas no Instituto Butantan, prometeu a vacinação a partir de 25 de janeiro. A aplicação, no entanto, depende de aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Até esta quinta-feira (17), nenhum laboratório pediu autorização para vacinar contra o coronavírus no país