Com 45% de isolamento, SP diz que voltou a monitorar "mais de perto"
O estado de São Paulo voltou, desde ontem, a monitorar "mais de perto" a taxa de isolamento social em função do aumento da covid-19 na região —ontem o índice foi de 45% em todo o estado, mas eles costumam ser mais altos nos fins de semana. Na sexta-feira (18), a taxa chegou a 39%, índice semelhante ao anotado em 17 de março (38%), antes da quarentena decretada pelo estado. O governo diz que o porcentual deve ficar acima de 50%.
"Desde ontem reiniciamos o programa de monitoramento. É uma tecnologia que foi iniciada aqui em São Paulo tomando como referência as operadoras de telefonia celular. Ontem foi retomado. Este serviço que é gratuito, [as operadoras] nada cobram e oferecem isso em caráter humanitário", disse Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, destacou que é importante conscientizar as pessoas para evitarem aglomerações nas festas de fim do ano.
"Nós tivemos no sábado 41% no estado e 39% na capital, e 45% no domingo em todo o estado e 44% na capital. Lembrando que os níveis pré-pandemia eram entre 25% a 30%", afirmou. "Ainda temos um contingente expressivo de pessoas que estão em casa respeitando o isolamento, mas precisamos sim reforçar essa mensagem."
O Centro de Contingência do coronavírus, do governo do estado, já recomendou que as festas de fim de ano não reúnam mais do que dez pessoas da mesma família —e que evitem a presença de idosos. Eventos em bares, restaurantes, hotéis e salões de festas estão proibidos.
Ocupação de leitos na Grande São Paulo é de quase 70%
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, fez um apelo para que as pessoas "colaborem com as regras sanitárias". O infectologista afirmou que nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o estado teve um aumento de 54% nos casos confirmados.
"A ocupação dos leitos de UTI mostraram, no estado de São Paulo, uma taxa de ocupação de 61,8%, enquanto que na Grande São Paulo este índice ainda foi maior, de 66,8%", completou. "O vírus está cada vez mais próximo de todos nós."
Gorinchteyn afirmou ainda que "falta muito pouco" para que a vacina chegue e reforçou o pedido para evitar a sobrecarga no sistema de saúde.
"As aglomerações em praias, festividades, clubes, encontros são cenários de risco para uma maior circulação de pessoas —e com elas também uma maior circulação do vírus", afirmou.
"Nós temos que entender que muitas dessas aglomerações acontecem dentro das casas, em ambientes privados que qualquer fiscalização ou qualquer acesso da polícia, por exemplo, não teria qualquer sentido. As pessoas acabam se aglomerando sem uso de máscara, tiram ela para comer, beber, rir... E isso é um cenário de risco. Nós temos que entender que não é momento mais para que as pessoas estejam se aglomerando pelo menos neste momento. Falta muito pouco", disse ele, referindo-se ao início da imunização contra a covid-19.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.