Testes da CoronaVac mostram poucas reações adversas, diz governo de SP
Os testes da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, mostraram baixa frequência de reações adversas, afirmou hoje o diretor do instituto, Dimas Covas, durante coletiva de imprensa convocada para divulgar o grau de eficácia do imunizante.
"A [CoronaVac] tem um excelente perfil de segurança com manifestações adversas leves, em uma frequência muito baixa. A reação mais presente é a dor no local da injeção entre o grupo vacinal e o grupo que recebeu o placebo", disse Covas.
O placebo é qualquer substância ou tratamento que não apresenta interação com o organismo. Na medicina, injeções de soro fisiológico e comprimidos de açúcar são os placebos mais usados.
Covas também comentou sobre outros efeitos colaterais leves da CoronaVac: "O mais frequente é a dor no local da injeção e o que são considerados sintomas sistêmicos: febre, sempre febrícula, nunca febre declarada, e numa porcentagem muito pequena dos casos. Então é um padrão de segurança já apresentado anteriormente, com dados observados na China, e que agora se confirma com dados importantes do Brasil".
A vacina mais segura?
O diretor do Instituto Butantan disse ainda que a CoronaVac mostrou alto grau de segurança após mais de 20 mil aplicações na fase 3 de testes.
Do ponto de vista de segurança, os dados estão disponíveis. Mostra que esta [vacina] é, no Brasil, a mais segura sem duvida nenhuma
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Covas afirmou também que durante os estudos a vacina foi testada em casos graves da doença: "O grau de proteção da CoronaVac em relação a esses casos foi de 100%".
O governo e o Butantan também anunciaram hoje que a vacina CoronaVac apresentou eficácia suficiente para pedir registro de uso emergencial. A porcentagem do índice, entretanto, não foi divulgada.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só deve receber os dados, analisar e apresentar sua resposta, nos próximos dias.
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