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Secretaria teme desabastecimento de seringas e agulhas e questiona empresas

Senacon quer avaliar se há risco de desabastecimento, além da possibilidade de aumento nos preços - Getty Images
Senacon quer avaliar se há risco de desabastecimento, além da possibilidade de aumento nos preços Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

30/12/2020 16h42Atualizada em 31/12/2020 14h13

Temendo uma possível falta de seringas e agulhas, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), ligada ao Ministério da Justiça, enviou questionamentos a três empresas sobre a produção e comercialização desses insumos, essenciais para o início da vacinação contra o coronavírus no país.

As notificações foram encaminhadas na segunda-feira (28) à Injex Indústrias Cirúrgicas, à BD Brasil e à Saldanha Rodrigues LTDA. A Senacon quer avaliar se realmente há risco de desabastecimento — e consequente falta de acesso aos produtos pelos consumidores finais —, bem como a possibilidade de reajuste nos preços pelo aumento na procura.

Segundo o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Pedro Aurélio da Silva, "a ação objetiva verificar se o consumidor brasileiro tem acesso aos itens essenciais para proteção e prevenção à sua saúde no contexto da pandemia e, além disso, contribuir com a análise que está sendo realizada pelo Ministério da Economia, envolvendo outros órgãos".

As empresas terão 10 dias para responder, a contar do recebimento da notificação.

Compra de seringas fracassou

O Ministério da Saúde fracassou na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil. Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de adquirir, só conseguiu oferta para 7,9 milhões — ou 2,4% do total. Agora, o governo terá que realizar um novo pregão, ainda sem data definida.

A compra de seringas e agulhas costuma ser feita por estados e municípios, mas, durante a pandemia, o ministério decidiu centralizar estes insumos. A previsão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é iniciar a vacinação contra covid-19 em fevereiro.

A imunização da população brasileira, porém, ainda depende de alguma vacina obter o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A estimativa é que 108 milhões de doses sejam aplicadas ainda no primeiro semestre. Além da vacinação contra a covid-19, as seringas e agulhas adquiridas pelo Ministério da Saúde serviriam para a campanha de imunização contra o sarampo.

(Com Estadão Conteúdo)