Bolsonaro lamenta 200 mil mortes, mas insinua que covid-19 não causou todas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lamentou os 200 mil brasileiros mortos pela covid-19 desde o início da pandemia no Brasil, mas sugeriu que nem todas realmente foram causadas pela doença. Ele voltou a criticar as políticas de isolamento, como tem feito desde os primeiros casos confirmados no país. Referindo-se aos óbitos como "mortes com covid", o presidente sugere que a doença não foi a causadora desse cenário.
A gente lamenta hoje, que estamos batendo as 200 mil mortes. Muitas dessas mortes com covid, outras de covid, não temos uma linha de corte no tocante a isso daí. Mas a vida continua, a gente lamenta profundamente."
Jair Bolsonaro
Bolsonaro ainda afirmou se preocupar com a sua mãe, de 93 anos, que pode ter "dificuldades" caso seja infectada pelo coronavírus, mas acrescentou que é preciso "enfrentar isso daí". Aos 65 anos e, portanto, idoso, o presidente também é considerado grupo de risco para a doença.
"Não podemos nos transformar num país de pobres, um país desempregado, sem PIB [Produto Interno Bruto], endividado, um país tão rico como o nosso com a população sendo empobrecida por decisões de alguns. Aumentamos as mortes, a vida continua e pedimos a Deus que abençoe o nosso Brasil", concluiu.
1.120 mortes em 24 horas
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil confirmou mais de mil mortes pela covid-19 em 24 horas. Foram 1.120 óbitos registrados entre ontem e hoje, somando 200.163 até agora. Com isso, o país tem 10 estados mais o Distrito Federal com alta na média móvel de mortes, segundo o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
A marca de 200 mil mortes foi atingida por volta das 17h30 e divulgada em boletim extra do consórcio. O número também foi confirmado por dados divulgados pelo Ministério da Saúde mais de uma hora depois. Nunca uma doença matou tanto no país em um ano.
O Brasil também está perto de ultrapassar os 8 milhões de casos confirmados de covid-19. Nas últimas 24 horas, houve o registro de 56.404 diagnósticos positivos para o coronavírus, elevando o total de infectados para 7.930.943 desde o começo da pandemia.
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