Brasil volta a ultrapassar média de mil mortos por dia após 5 meses
O Brasil voltou a ultrapassar a média móvel de mil óbitos por dia na última semana, primeira vez desde o dia 11 de agosto. De acordo com o consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte, o país registrou 483 mortos nas últimas 24 horas. Ainda assim, país atingiu a média de 1.016 mortos por dia na semana, uma aceleração de 65% na variação de 14 dias.
Ao todo, o país soma 203.140 mortes. O número de casos, por sua vez, aumentou 29.153 em apenas 24 horas, chegando a 8.104.823 no total. As altas confirmam a previsão de infectologistas. O país voltou a apresentar aceleração duas semanas após o início das festas de fim de ano. A tendência é que os números cresçam ainda mais nos próximos dias.
Nenhum estado em queda
Nenhum estado do país apresentou queda na média móvel — uma marca inédita até esta semana. O Distrito Federal e 17 estados tiveram aceleração, enquanto 9 mantiveram estabilidade.
Entre as regiões, todas apresentaram aceleração: Centro-Oeste (33%), Nordeste (28%), Norte (106%), Sudeste (95%) e Sul (40%).
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje o registro de 469 novos óbitos provocados pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença já matou 203.100 pessoas em todo o país.
De ontem para hoje, foram confirmados mais 29.792 casos de covid-19 no Brasil. O total de infectados subiu para 8.105.790. na última quinta (7), o Brasil bateu recorde ao ultrapassar a marca de 87 mil casos contabilizados.
O Brasil é o terceiro país com o maior número de casos, atrás apenas de Estados Unidos e Índia, de acordo com a universidade Johns Hopkins, que acompanha a evolução da pandemia no mundo, e o segundo no número de mortes, atrás apenas dos EUA.
De acordo com o governo federal, 7.167.651 pessoas se recuperaram da doença, com outras 735.039 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-2%)
- Minas Gerais: aceleração (82%)
- Rio de Janeiro: aceleração (145%)
- São Paulo: aceleração (97%)
Região Norte
- Acre: estável (5%)
- Amazonas: aceleração (218%)
- Amapá: aceleração (56%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: aceleração (39%)
- Roraima: aceleração (500%)
- Tocantins: aceleração (200%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (2%)
- Bahia: estável (0%)
- Ceará: aceleração (400%)
- Maranhão: estável (-4%)
- Paraíba: aceleração (23%)
- Pernambuco: estável (11%)
- Piauí: aceleração (19%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (50%)
- Sergipe: aceleração (38%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (30%)
- Goiás: aceleração (48%)
- Mato Grosso: aceleração (81%)
- Mato Grosso do Sul: estável (4%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (78%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (29%)
- Santa Catarina: estável (4%)
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