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Covid: Brasil ultrapassa 210 mil mortes e tem 11 estados em alta na média

Brasil ultrapassou as marcas de 210 mil mortes e dos 8,5 milhões de casos confirmados de covid-19 - SANDRO PEREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Brasil ultrapassou as marcas de 210 mil mortes e dos 8,5 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: SANDRO PEREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/01/2021 18h55Atualizada em 18/01/2021 23h13

Um dia após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar o uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, o Brasil superou as marcas de 210 mil mortes e 8,5 milhões de infectados com covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado em dados das secretarias estaduais de saúde. O Ceará foi o único que não apresentou dados atualizados até o fechamento do boletim, às 20h.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 460 novas mortes provocadas pela covid-19. Desde o início da pandemia, o total de óbitos causados pela doença chegou a 210.328.

De ontem para hoje, houve 29.133 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país, elevando o total de infectados para 8.512.238. Foram 959 mortes em média nos últimos sete dias.

Os dados não indicam óbitos ou infecções ocorridas nesse período, apenas o momento em que passaram a constar dos balanços oficiais.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, centro de referência sobre a doença, o Brasil é o segundo país com maior número de mortes (atrás apenas dos Estados Unidos, com 398.142) e o terceiro com o maior número de casos confirmados (após EUA e Índia, que têm, respectivamente, 23.992.252 e 10.571.773). Os números foram divulgados pela instituição no início desta tarde.

Nos últimos sete dias, 959 pessoas morreram em média em todo o país, o que representa uma variação de 33% na comparação com 14 dias anteriores. Já são onze dias com tendência de aceleração no Brasil.

Das regiões, apenas o Norte (108%) e o Sudeste (47%) apresentaram aceleração. As demais tiveram estabilidade em 14 dias: Centro-Oeste (0%), Nordeste (15%) e Sul (-5%).

Sem considerar o Ceará, apenas quatro estados apresentaram tendência de queda, enquanto onze mais o Distrito Federal se mantiveram estáveis. Outros onze tiveram aceleração. O Amazonas registra a maior alta (203%), seguido por Tocantins (139%) e Pernambuco (86%).

Em 16 de janeiro, houve um erro de digitação no número de mortes do Rio de Janeiro, o que afetou os dados de sábado e domingo do estado e também nacionais. No último sábado foram registradas 164 mortes no RJ e 1.039 em todo o Brasil. No domingo, foram 36 mortes no estado e 538 no país. A média móvel nos dois dias não sofreu alterações.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado nesta segunda-feira (18), o Ministério da Saúde confirmou o registro de 452 novas mortes e de 23.671 diagnósticos positivos para a covid-19 nas últimas 24 horas.

Desde o início da pandemia, o Brasil tem um total de 210.299 mortes provocadas pela covid-19 e de 8.511.770 infectados pelo novo coronavírus, pelos números do Ministério.

Segundo o governo federal, 7.452.047 pessoas se recuperaram da covid-19 e outras 849.424 estão em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (7%)

  • Minas Gerais: aceleração (60%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (36%)

  • São Paulo: aceleração (57%)

Região Norte

  • Acre: queda (-35%)

  • Amazonas: aceleração (203%)

  • Amapá: estável (-3%)

  • Pará: estável (-13%)

  • Rondônia: aceleração (57%)

  • Roraima: aceleração (31%)

  • Tocantins: aceleração (139%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (30%)

  • Bahia: estável (9%)

  • Ceará: estável (-10%) *O estado não divulgou dados até às 20h de hoje. A tendência se refere aos números de ontem.

  • Maranhão: estável (5%)

  • Paraíba: queda (-16%)

  • Pernambuco: aceleração (86%)

  • Piauí: estável (15%)

  • Rio Grande do Norte: estável (7%)

  • Sergipe: aceleração (38%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-8%)

  • Goiás: aceleração (30%)

  • Mato Grosso: estável (10%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-17%)

  • Rio Grande do Sul: estável (5%)

  • Santa Catarina: estável (-7%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Errata

Por um erro de digitação no número de mortes por Covid no Rio de Janeiro em 16 de janeiro, os dados de sábado e de domingo estavam incorretos. No último sábado, portanto, foram registradas 164 mortes no RJ e 1.039 em todo o Brasil. No domingo, foram 36 mortes no estado e 538 no país. A média móvel nos dois dias não sofreu alterações.