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Vacinação contra covid-19 começa hoje no interior de São Paulo

Técnica de enfermagem Liane Santana foi primeira a ser vacinada no Hospital das Clínicas de Campinas (SP) - Reprodução/Twitter
Técnica de enfermagem Liane Santana foi primeira a ser vacinada no Hospital das Clínicas de Campinas (SP) Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

18/01/2021 13h11Atualizada em 18/01/2021 16h57

O governo de São Paulo começou hoje a distribuir vacinas e insumos para imunização contra a covid-19 para o interior do estado. As doses da CoronaVac serão enviadas a cinco hospitais-escola: os Hospitais das Clínicas de Campinas, Botucatu, Ribeirão Preto, Marília e o Hospital de Base de São José do Rio Preto.

A previsão é de que cerca de 60 mil profissionais que atuam nesses hospitais sejam imunizados.

A primeira pessoa vacinada foi a enfermeira Liane Santana Mascarenhas Tinoco, que trabalha no HC da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Nascida em 1971, na Bahia, ela trabalha no hospital desde o início da pandemia.

A vacinação começou hoje em duas cidades. Segundo comunicado do governo paulista, dois caminhões saíram do CDL (Centro de Distribuição e Logística) da capital hoje às 8h: um com 4,4 mil doses em direção ao HC de Botucatu (Unesp), que iniciou a imunização às 15h; e outro com 4 mil vacinas rumo ao HC da Unicamp, que começou a vacinar seus trabalhadores de saúde às 16h.

No período da tarde, outros três caminhões saíram em direção aos HCs de Ribeirão Preto (USP) e Marília (Famema), bem como ao HB de Rio Preto (Funfarme).

A vacinação no estado de São Paulo, iniciada ontem, continua hoje no Hospital das Clínicas da capital paulista. A enfermeira Mônica Calazans, que trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, foi a primeira pessoa vacinada no país, minutos depois de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar, com restrições, o uso emergencial da CoronaVac. Além dela, a agência também liberou o uso emergencial do imunizante da AstraZeneca, a vacina da Fiocruz com a Universidade de Oxford.

Polos regionais para redistribuição

A partir de amanhã, o governo informou que grades de vacinas e insumos também serão enviadas a polos regionais para redistribuição às prefeituras, com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia.

Os municípios também deverão imunizar a população indígena com apoio de equipes da atenção primária do SUS (Sistema Único de Saúde), segundo as estratégias adequadas ao cenário local.

Cada hospital será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.

A divisão das grades considerou o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde.

Secretário admite início tímido

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse hoje que o número de doses disponíveis para o início da imunização ainda é baixo, mas está dentro do esperado.

Em entrevista à GloboNews, Gorinchteyn disse que o ideal seria o Brasil ter uma vacinação em massa já neste momento, mas que indefinições do Ministério da Saúde em relação à aquisição da CoronaVac e outros imunizantes atrasaram o processo.

Segundo Gorinchteyn, as cerca de 1,4 milhão de doses disponíveis para São Paulo - 6 milhões em todo o Brasil - são insuficientes para vacinar até mesmo o grupo prioritário, mas existe a previsão de novas doses sejam disponibilizadas nos próximos dias.

O Instituto Butantan fez hoje à Anvisa um novo pedido de uso emergencial de 40 milhões de doses da CoronaVac. Deste total, segundo o governo estadual, 4,8 milhões de doses já estão prontos.