MPF dá 48 horas para que Rio forneça informações sobre pacientes de Manaus
Um procedimento foi instaurado pelo MPF (Ministério Público Federal) para acompanhar a transferência de pacientes da covid-19 que estão saindo de Manaus, no Amazonas, para a capital do Rio de Janeiro. A medida tem como objetivo verificar se houve descumprimento das regras de regulação de leitos. O prazo para resposta aos ofícios é de 48 horas a contar do recebimento.
Os ofícios do MPF foram encaminhados na última terça-feira (9), com pedido de informações ao Ministério da Saúde, à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, ao Hospital Federal do Andaraí (HFA) e também à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
O superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, George Divério, foi questionado pelo Ministério Público sobre quais são os termos da Cooperação Interestadual entre o Amazonas e o Rio de Janeiro. O órgão pede que seja detalhado como ocorreu o encaminhamento dos pacientes de Manaus para o HFA.
O MPF quer saber quais medidas estão sendo tomadas para que seja garantido o isolamento dos pacientes e a segurança dos profissionais de saúde, além de entender se estão sendo realizados exames específicos para detecção da nova variante do coronavírus, identificada em Manaus.
O órgão tem interesse em saber se os pacientes foram regulados pela Central de Regulação de Leitos e quantos foram recebidos no estado do Rio de Janeiro, e os respectivos hospitais de encaminhamento. Esses questionamentos foram endereçados ao superintendente de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde, Wilson Firmida Júnior, e ao subsecretário geral da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, José Carlos Prado.
Pacientes chegaram 'de surpresa'
O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, afirmou na última sexta-feira (5) que recebeu pacientes com covid-19 vindos de Manaus 'de surpresa'. O Ministério da Saúde havia informado sobre a transferência para a cidade, mas o secretário negou.
"Não, não tive nenhuma notificação. Soubemos às 21h que iam chegar 1h30, foi isso que eu soube. O Daniel Soranz [secretário Municipal de Saúde] me ligou e perguntou 'Chaves, está sabendo disso?'. Eu disse: 'O que?'", disse o secretário para a TV Globo.
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