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Brasil tem 5,9 milhões de vacinados contra covid, 2,83% da população

Mais de 1,2 milhão de pessoas, equivalente a 0,6% da população do país, receberam as duas doses da vacina - Wanderley Preite Sobrinho/UOL
Mais de 1,2 milhão de pessoas, equivalente a 0,6% da população do país, receberam as duas doses da vacina Imagem: Wanderley Preite Sobrinho/UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/02/2021 20h09Atualizada em 22/02/2021 21h02

O Brasil ultrapassou hoje (22) a marca dos 5,9 milhões de vacinados contra a covid-19. No total, 5.982.640 de brasileiros receberam pelo menos a primeira dose da vacina, o que corresponde a 2,83% da população nacional. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nas informações passadas pelas secretarias estaduais de saúde.

Nas últimas 24 horas, 128.887 pessoas receberam a primeira dose dos imunizantes. Já a segunda dose foi aplicada em 96.797 brasileiros nos números atualizados de ontem para hoje.

No total, 1.269.005 pessoas receberam as duas doses da vacina e, portanto, foram completamente imunizados contra a covid-19. O número representa apenas 0,6% da população do país.

Quatro estados (Alagoas, Amapá, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte) e o Distrito Federal não forneceram dados atualizados sobre a vacinação até o fechamento do boletim, às 20h.

O Amazonas é o estado que imunizou o maior número de pessoas proporcionalmente. Foram 218.652 pessoas vacinadas com a primeira dose das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, o que corresponde a 5,2% da população do estado. O sistema de saúde local apresentou dois colapsos recentes por conta da quantidade de casos de coronavírus.

Por outro lado, o estado que até o momento menos vacinou é o Pará, com apenas 1.34% da sua população imunizada com a primeira dose.

Enquanto isso, Mato Grosso é o estado que mais vacinou proporcionalmente a sua população com as duas doses dos imunizantes: 1,35% da população. Os demais estados ainda não atingiram 1% de pessoas imunizadas integralmente contra a doença.

Vacina 100% nacional deve ser produzida no 1º semestre, diz vice da Fiocruz

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve produzir uma vacina 100% nacional ainda no primeiro semestre, disse o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Marco Aurélio Krieger, durante o UOL Entrevista, conduzido por Diogo Schelp, colunista do UOL, e pelo repórter Lucas Borges Teixeira.

De acordo com Krieger, a Fiocruz inicia em abril a segunda etapa do processo tecnológico da vacina: a nacionalização.

"Esse sempre foi o nosso objetivo. Incorporando ao máximo a tecnologia de produção, a gente espera ainda no primeiro semestre ter a produção 100% nacional. Estamos muito confiantes. O início é mais delicado, temos que fazer com todo o cuidado porque estamos oferecendo um produto que tem que ter um selo de qualidade muito grande.", disse Krieger.

O IFA é o ingrediente farmacêutico ativo que permite a produção da vacina contra a covid-19. Atualmente, a Fiocruz importa o ingrediente para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca, que tem 82,4% de eficácia após a aplicação da segunda dose, se mantido o intervalo indicado pela farmacêutica.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.