Covid mata mais de 15 mil em uma semana; Brasil ultrapassa 290 mil mortos
O Brasil superou a marca de 15 mil mortos pela covid-19 nos últimos sete dias. Com as 2.730 mortes registradas nas últimas 24 horas, a terceira maior marca desde março de 2020, o país chegou ao número de 15.259 óbitos entre os dias 13 e 19 de março. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.
Até o momento, 290.525 pessoas morreram devido à doença desde o início da pandemia. A média móvel de mortes dos últimos sete dias ficou em 2.178, sendo o 21º dia consecutivo de maior índice. Com isso, o país registra aceleração pelo 19º dia seguido. Hoje a alta foi de 50% na comparação com 14 dias atrás.
No último dia 6 de março o Brasil registrou a primeira semana com mais de 10 mil óbitos, desde então os números cresceram até atingir os mais de 15 mil completados hoje. Até o momento, a semana mais letal da pandemia havia terminado com 12.770 vítimas, em 13 de março.
Este é o 58º dia consecutivo no qual o Brasil registra uma média de mortes por covid-19 acima de mil, a mais longa em toda a pandemia. Pelo quarto dia seguido, o país reportou mais de 2.000 novos óbitos em um intervalo de 24 horas — e uma sequência de 18 dias com a notificação de mais de mil vítimas entre um dia e outro.
Apenas a região Norte está estável na média de mortes, com 8%. Todos as outras regiões apresentam aceleração, sendo: Nordeste (37%), Centro-Oeste (89%), Sudeste (43%) e Sul (80%).
Vinte e uma unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, apresentam alta no índice. Dois estados estão em queda e quatro estão estáveis.
Várias regiões do país estão muito próximas de um colapso em seus sistemas de saúde. UTIs lotadas, hospitais sem leitos e a ameaça de faltar sedativos e até oxigênio se tornaram uma realidade comum a diversas cidades.
De ontem para hoje, houve 89.409 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país, a segunda marca mais alta desde março de 2020. O recorde é de 90.830, registrado na última quarta-feira (17) Desde o início da pandemia, o total de infectados subiu para 11.877.009.
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 2.798 (16/3)
- Maior média móvel de óbitos: 2.178 (19/3)
- Maior período com média acima de mil: 58 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 12.770 (de 7/3 a 13/3)
As 24 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 24 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 19 de março - 2.178
- 18 de março - 2.096
- 17 de março - 2.031
- 16 de março - 1.976
- 15 de março - 1.855
- 14 de março - 1.832
- 13 de março - 1.824
- 12 de março - 1.761
- 11 de março - 1.705
- 10 de março - 1.645
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos dez dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 16 de março - 2.798
- 17 de março - 2.736
- 19 de março - 2.730
- 18 de março - 2.659
- 10 de março - 2.349
Sete estados reportaram mais de 100 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de vítimas apenas nestes estados chega a 1.927:
- São Paulo - 620
- Rio Grande do Sul - 390
- Paraná - 268
- Minas Gerais - 237
- Bahia - 143
- Rio de Janeiro - 135
- Santa Catarina - 134
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (19) que o Brasil computou 2.815 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Este é o segundo número mais alto desde março de 2020, pelos dados do governo, atrás apenas do que foi notificado na última terça-feira (16), com 2.841 vítimas. Desde o início da pandemia, houve 290.314 óbitos provocados pela doença em todo o país.
De ontem para hoje, foram registrados 90.570 novos casos confirmados de covid-19 no Brasil - a maior marca desde o começo da pandemia, pelos números do Ministério. O recorde anterior havia sido verificado na quarta-feira (17), com 90.303. O total de infectados chegou a 11.871.390.
De acordo com o governo federal, 10.383.460 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.197.616 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (40%)
- Minas Gerais: aceleração (34%)
- Rio de Janeiro: estável (-8%)
- São Paulo: aceleração (64%)
Região Norte
- Acre: estável (7%)
- Amazonas: queda (-36%)
- Amapá: aceleração (129%)
- Pará: aceleração (33%)
- Rondônia: aceleração (17%)
- Roraima: queda (-27%)
- Tocantins: aceleração (139%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (52%)
- Bahia: estável (14%)
- Ceará: aceleração (46%)
- Maranhão: estável (-3%)
- Paraíba: aceleração (63%)
- Pernambuco: aceleração (65%)
- Piauí: aceleração (38%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (62%)
- Sergipe: aceleração (152%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (101%)
- Goiás: aceleração (88%)
- Mato Grosso: aceleração (96%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (70%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (89%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (90%)
- Santa Catarina: aceleração (52%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.