Covid: Brasil bate recorde de casos diários e registra 2.639 mortes em 24 h
Dois dias após estabelecer uma nova marca de mortes diárias, o Brasil atingiu hoje outro recorde de novos diagnósticos da covid-19. Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, 97.586 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus foram registrados nas últimas 24 horas.
Até hoje, o dia com mais casos registrados havia sido na semana passada, no dia 17, com 90.830 novos diagnósticos. Com isso, o Brasil consolida a sua posição como epicentro da doença no mundo ao se tornar o país com maior registro de infectados em apenas um dia. Segundo o ranking da Universidade Johns Hopkins, os EUA registraram um pouco menos de 87 mil casos hoje e a Índia registrou mais de 53 mil.
As mortes diárias continuam acima de 2.000, com 2.639 óbitos registrados pela doença. A marca só fica atrás de outros cinco dias desde o início da pandemia no país. Além de anteontem, quando o Brasil teve 3.158 mortes em 24 horas, os outros quatro dias foram todos na semana passada.
O estado com mais mortes contabilizadas entre ontem e hoje foi São Paulo, que teve 599 óbitos. O segundo foi o Paraná, com 295 mortes.
Com isso, o Brasil registrou uma média móvel de 2.276 mortes nos últimos sete dias, o que indica uma aceleração de 29% na comparação com 14 dias atrás. Hoje o país completa 25 dias consecutivos de aceleração da média de mortes.
Apenas a região Norte está estável na média de mortes, com 6% de variação na comparação com 14 dias atrás.
Todos as outras regiões apresentam aceleração: Nordeste (29%), Centro-Oeste (44%), Sudeste (33%) e Sul (27%). Dezenove estados mais o Distrito Federal, apresentam alta no índice. Dois estados estão em queda e cinco estão estáveis.
Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 303.726 mortes causadas pela covid-19 e 12.324.765 diagnósticos positivos para a doença.
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 3.158 (23/3)
- Maior média móvel de óbitos: 2.349 (23/3)
- Maior período com média acima de mil: 64 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 15.640 (de 14/3 a 20/3)
As 30 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 30 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 23 de março - 2.349
- 22 de março - 2.298
- 24 de março - 2.279
- 25 de março - 2.276
- 21 de março - 2.255
- 20 de março - 2.234
- 19 de março - 2.178
- 18 de março - 2.096
- 17 de março - 2.031
- 16 de março - 1.976
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nas últimas duas semanas (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 23 de março - 3.158
- 16 de março - 2.798
- 17 de março - 2.736
- 19 de março - 2.730
- 18 de março - 2.659
- São Paulo - 599
- Paraná - 295
- Goiás - 195
- Rio Grande do Sul - 193
- Rio de Janeiro - 190
- Santa Catarina - 187
- Bahia - 139
- Pará - 100
Dados do Ministério da Saúde
De acordo com o boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o recorde de casos foi ainda superior, de 100.158 diagnósticos positivos para o novo coronavírus feitos entre ontem e hoje.
Pela primeira vez, o Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil casos confirmados de covid-19 em um intervalo de 24 horas. Em boletim divulgado nesta quinta-feira (25), o Ministério da Saúde informou que houve 100.158 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje.
Pelos números da pasta, o recorde anterior havia sido verificado no último dia 19, com 90.570 casos confirmados. No total, o Brasil atingiu um total de 12.320.169 de infectados desde o começo da pandemia.
De acordo com o ministério, houve 2.777 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos causados pela doença chegou a 303.462.
Segundo a pasta, 10.772.549 pessoas se recuperaram da doença até o momento no país, com outras 1.244.158 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (89%)
- Minas Gerais: aceleração (16%)
- Rio de Janeiro: aceleração (44%)
- São Paulo: aceleração (35%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (3%)
- Amazonas: queda (-27%)
- Amapá: aceleração (148%)
- Pará: estabilidade (3%)
- Rondônia: aceleração (18%)
- Roraima: queda (-32%)
- Tocantins: aceleração (76%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (39%)
- Bahia: aceleração (25%)
- Ceará: estabilidade (14%)
- Maranhão: estabilidade (-2%)
- Paraíba: aceleração (21%)
- Pernambuco: aceleração (46%)
- Piauí: aceleração (32%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (93%)
- Sergipe: aceleração (86%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (126%)
- Goiás: estabilidade (10%)
- Mato Grosso: aceleração (63%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (60%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (20%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (34%)
- Santa Catarina: aceleração (26%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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