Feriadão em São Paulo começa com recorde de mortes e caos nas praias
O primeiro dia do megaferiado em São Paulo para conter o avanço da covid-19 teve recorde de mortes e confusão nas praias. Apesar de a intenção ser evitar a movimentação de pessoas, o que se viu foi uma debandada rumo ao litoral.
Houve trânsito na descida pelas rodovias estaduais ao ponto de moradores de Ubatuba, no litoral norte, bloquearem a via de acesso ao município para evitar a chegada de turistas.
Com pneus, eles atearam fogo na altura do quilômetro 93 da rodovia Oswaldo Cruz para impedir a entrada de carros vindos da capital, cujo prefeito, Bruno Covas (PSDB), determinou o megaferiado.
Em São Sebastião, uma barreira sanitária foi interrompida por determinação da Polícia Rodoviária Estadual, segundo a prefeitura. A cidade instalou barreiras antes das praias, mas os bloqueios foram vandalizados e abertos.
Já na Praia Grande mulheres decidiram tomar banho em uma fonte da cidade por conta do fechamento das praias, conforme lockdown adotado na Baixada Santista. Duas pessoas estavam de biquíni em um espelho d'água.
Informações da Ecovias apontam que a redução de veículos no sistema Anchieta-Imigrantes foi de apenas 20%. No fim de semana passado (19 a 21 de março), passaram pelas vias 206 mil veículos, enquanto foram registrados 256 mil na semana anterior (de 12 a 14 de março).
Tudo isso ocorre no momento em que São Paulo registra mais de mil mortes pelo terceiro dia consecutivo. São, ao todo, 70 mil pessoas mortas pela pandemia somente no estado.
Os três dias mais letais da pandemia têm como consequência a semana mais fatal da covid-19 aos paulistanos: 4.333 mortes somente entre os dias 21 e 27 de março.
Apesar da situação crítica na pandemia, o governador João Doria (PSDB) decidiu manter as escolas abertas ao decretar a educação como um serviço essencial durante a pandemia.
A decisão possibilita às unidades educacionais abrirem em fases mais restritivas do Plano São Paulo, responsável por direcionar as políticas de combate ao vírus no estado.
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