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Coronavírus: SP identifica variante similar à da África do Sul em Sorocaba

Lucas Borges Teixeira, Rafael Bragança e Rai Aquino

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

31/03/2021 04h02Atualizada em 31/03/2021 17h08

O governo de São Paulo confirmou a identificação de uma nova variante do coronavírus em Sorocaba, a 100 km da capital. Ainda é um único caso e o paciente está em isolamento enquanto a Vigilância Sanitária investiga se há outros infectados.

O caso ainda está sendo estudado. Segundo o governo, esta variante é semelhante à sul-africana, mas, como o paciente não viajou nem teve contato direto com nenhuma pessoa que tenha estado no país, existe a possibilidade de ser uma nova evolução.

"Ontem [30], terminamos a análise do material genético da rede de laboratório com o Butantan e universidades que estão fazendo esse trabalho. Em Sorocaba, foi identificada uma variante. É uma variante assemelhada à da África do Sul", informou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta (31).

Segundo Covas, como não há histórico de viagem ou de contato com viajantes que foram ao país, "existe a possibilidade de que seja já uma evolução da nossa P1 [variante de Manaus] em direção a essa nova mutação da África do Sul".

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, disse que "não é uma variante nova, mas ela é nova no Brasil".

O caso está sendo acompanhado pela Vigilância Epidemiológica e pela Secretaria Estadual da Saúde para entender se é isolado ou se há outros infectados.

Precisamos determinar qual a real incidência [da variante]. Um caso nesse momento, num universo de predomínio da P1. Se for apenas um caso, as medidas são as medidas que estão em andamento. Fora isso, [está sendo feito] o acompanhamento genômico de outros locais para a observação do surgimento dessa variante, porque isso é esperado. Temos que fazer esse sequenciamento rotineiro de um percentual das amostras que são testadas, exatamente para fazer o monitoramento do aparecimento das variantes.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

São Paulo vive recorde de mortes e desaceleração em internações

É o pior momento da pandemia no estado e no Brasil. Ontem, São Paulo atingiu um novo recorde de mortes diárias causadas pelo coronavírus. Impulsionado por dados represados do final de semana, o estado registrou 1.209 óbitos em apenas 24 horas de pacientes com covid-19. Com os 1.160 anunciados hoje, já são 74.652 mortes desde o início da pandemia,

Apesar disso, o estado diz ver uma desaceleração nas novas internações, atribuídas aos efeitos da fases vermelha e emergencial, a mais restritivas do Plano São Paulo.

De acordo com o Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), nos sete dias que precederam a fase vermelha geral, implantada em 6 de março, houve um crescimento de 14% no total de internações. Nos últimos sete dias até ontem (30), houve um crescimento de 6,2%.

Com 120 municípios em estado de emergência, o estado disse na coletiva que comprou 2 mil cilindros e 1 mil concentradores de oxigênio, após uma demanda do conselho dos secretários municipais de Saúde.

Vacinação contra covid

Valorizando as boas notícias durante a pandemia, o governador João Doria (PSDB) anunciou a antecipação do início da vacinação de idosos com 68 anos para sexta-feira (2). Antes, estava marcado para segunda (5).

Apesar de o governo determinar a data de início da imunização, as prefeituras têm autonomia para definirem o próprio calendário. No estado, 6 milhões de doses foram aplicadas, de acordo com o "vacinômetro" da gestão tucana.