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Com média de 2.698 mortes, Brasil tem 10% dos casos do planeta: 13 milhões

Douglas Porto, Thaís Augusto e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

05/04/2021 18h28Atualizada em 06/04/2021 16h12

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.698 pessoas em decorrência da covid-19 no Brasil. Apenas nas últimas 24 horas, foram confirmadas 1.623 mortes no país. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Os dados representam uma baixa em relação aos dias anteriores, o que já é esperado. Há uma queda histórica do registro de casos e mortes durante finais de semana e feriados por conta do esquema de plantão nas secretarias. Mesmo assim, o país atingiu 333.153 mortos e 13.023.189 infectados pela doença.

De ontem para hoje, foram registrados 39.629 novos casos de covid-19, chegando a um total de 13.023.189 pessoas já infectadas. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, referência nos balanços ao longo da pandemia, o mundo contabiliza hoje mais de 131 milhões de infectados pelo novo coronavírus. Com o marco ultrapassado hoje, o Brasil responde, então, por cerca de 10% de todos os casos no planeta desde o início do ano passado.

O país está atrás apenas dos Estados Unidos, que já registrou 30,8 milhões de infecções, e à frente da Índia, com 12,6 milhões.

Já de acordo com os dados do governo federal, foram registrados 28.645 diagnósticos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 13.013.601 desde o início da pandemia. Desse total, 11.436.189 pessoas se recuperaram da covid-19 no país até o momento, com outras 1.244.660 em acompanhamento.

Pelos números do Ministério da Saúde, foram reportadas 1.319 novas mortes causadas pela doença de ontem para hoje. Ao todo, desde março de 2020, o país chegou a 332.752 vítimas.

A pandemia nos estados

Três regiões do país apresentam números em aceleração: Centro-Oeste (16%), Nordeste (16%) e Sudeste (39%), enquanto Norte (-10%) se manteve estável e Sul (-17%) apresentou queda. No geral, o Brasil apresenta aceleração estável de 15% na variação de 14 dias.

São 11 estados e o DF com alta nos registros, enquanto nove apresentam estabilidade e outros seis estão em queda.

Quatro estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Por conta do fim de semana, e dos "megaferiados" em São Paulo e no Rio de Janeiro, o número registrado caiu.

Na quinta-feira (1), por exemplo, São Paulo chegou a 1.082 óbitos. Acompanhe os números de hoje:

  • São Paulo - 145
  • Mato Grosso - 128
  • Paraná - 106
  • Rio Grande do Sul - 101

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (48%)
  • Minas Gerais: aceleração (37%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (74%)
  • São Paulo: aceleração (31%)

Região Norte

  • Acre: estável (-5%)
  • Amazonas: queda (-38%)
  • Amapá: estabilidade (15%)
  • Pará: estabilidade (-5%)
  • Rondônia: estabilidade (-10%)
  • Roraima: estabilidade (5%)
  • Tocantins: estabilidade (5%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (7%)
  • Bahia: queda (-17%)
  • Ceará: aceleração (66%)
  • Maranhão: aceleração (29%)
  • Paraíba:aceleração (26%)
  • Pernambuco: aceleração (30%)
  • Piauí: aceleração (35%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (-14%)
  • Sergipe: estabilidade (1%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (68%)
  • Goiás: queda (-25%)
  • Mato Grosso: aceleração (25%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (53%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-17%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-17%)
  • Santa Catarina: queda (-17%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Em versão original deste texto, a tendência no estado de Santa Catarina foi publicada errada. A informação foi corrigida.