Governadores pedem à ONU antecipação de 4 milhões de vacinas para o Brasil
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), afirmou hoje em coletiva que a ONU (Organização das Nações Unidas) se comprometeu a "tentar antecipar" para o fim de abril 4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 que seriam entregues só em maio. Momentos antes, 23 governadores e quatro vice-governadores se reuniram para entregar uma carta com sete observações a representantes da entidade.
Wellington Dias lembrou que o Brasil chegou a contratar 10% do consórcio da Covax Facility, elaborado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a aquisição de vacinas. Neste acordo, o país terá direito a 40 milhões de doses.
"Antecipando 4 milhões para abril, a expectativa é de que outros 4 milhões sejam entregues ao Brasil no mês de maio", explicou o também presidente do Fórum de Governadores.
Para o petista, como o Brasil é "reconhecido pela OMS como o centro da pandemia" e um país com risco de propagação da variante do novo coronavírus, os governadores pediram aos membros do sistema ONU que seja cumprido todo o cronograma de entrega do consórcio.
Segundo Dias, o Brasil chegou "próximo à meta" estipulada pelo Plano Operacional de Vacinação Contra a Covid-19 de ter 10% da população vacinada no mês de março, já que o Brasil conseguiu imunizar 8,5% dos brasileiros.
"Mas nós ainda estamos distante do cumprimento da meta de 50 milhões de pessoas imunizadas até o fim de abril. Até o momento, nós vacinamos algo em torno de 25 milhões de pessoas", disse.
Tecnologia disponível
O governador também defendeu que a ONU ajude a intermediar a transferência da tecnologia para a produção do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) ao Brasil, em especial, para a produção das vacinas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e do Instituto Butantan.
"No caso da AstraZeneca, já é possível começar os testes de produção do IFA em maio deste ano", contou.
Com isso, acredita Wellington Dias, o país terá a chance de imunizar os brasileiros, como de também ajudar outros países.
"O Brasil vive uma situação particular, mas o que acontece no Brasil é um problema também do mundo", afirmou.
"Ajuda humanitária"
Antes de conceder a entrevista coletiva, o governador do Piauí estava entregando, junto com outros 22 gestores estaduais, uma carta aos representantes da ONU. No documento, os governadores pedem um "ajuda humanitária" ao Brasil. Os convidados se comprometeram a se intermediar um diálogo com países europeus e asiáticos.
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