Gorinchteyn: Cidades não seguiram recomendação para reservar CoronaVac
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse hoje que a falta de doses da CoronaVac para aplicação da segunda dose aconteceu porque os municípios não seguiram corretamente as orientações do Ministério da Saúde e da secretaria para a reserva de doses.
Pelo menos seis capitais brasileiras estão com a aplicação da segunda dose da CoronaVac suspensa por causa da falta de doses. De acordo com a GloboNews, pelo menos 25 cidades de São Paulo estão nesta situação.
"É importante a gente ressaltar o quanto houve de erro de estratégia de não seguimento das orientações postuladas tanto pelo Ministério da Saúde quanto pela Secretaria estadual de Saúde", afirmou Gorinchteyn, em entrevista à GloboNews.
De acordo com o secretário, o Ministério da Saúde liberou a aplicação de todas as doses da CoronaVac recebidas pelos municípios apenas no lote entregue no dia 21 de março.
O ministério autorizou que as duas doses poderiam ser utilizadas, mas excepcionalmente para aquela grade, para aquele lote, as demais poderiam conservar a segunda dose. E não foi isso que vários estados fizeram e infelizmente alguns municípios. Eles gastaram essa segunda dose, tanto progredindo com faixas etárias, tanto para outros grupos. E o resultado é absolutamente esse
Jean Gorinchteyn
O secretário confirmou que o Instituto Butantan vai entregar nesta semana 1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. Na última sexta-feira (30), a instituição entregou mais de 420 mil doses.
"Teoricamente essas doses seriam para aplicar a primeira e a segunda dose de outros grupos, mas seguramente isso vai acontecer para alguns municípios, no sentido de completar a segunda dose da vacina", disse Gorinchteyn.
Orientações
O Ministério da Saúde tem mudado com frequência as orientações sobre a vacina contra o novo coronavírus. Em fevereiro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, orientou os municípios a usarem todo o estoque de vacina. No entanto, dias depois, a pasta fez uma nova orientação e pediu que as prefeituras reservassem a segunda dose da CoronaVac.
As mudanças nas orientações não pararam por aí. Em março, a pasta autorizou que as cidades usassem todas as vacinas armazenadas para segunda dose como primeira dose.
Nesta semana, o ministério, agora liderado por Marcelo Queiroga, informou, pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), que os brasileiros devem tomar a segunda dose da vacina da covid-19 mesmo que a aplicação aconteça fora do prazo.
O atraso não é recomendado, já que há risco da pessoa contrair o vírus enquanto aguarda a aplicação. A CoronaVac deve ter a aplicação da segunda dose no intervalo de quatro semanas. Já a AstraZeneca/Fiocruz tem intervalo de 12 semanas.
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