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Ao menos 71 grávidas receberam vacina da covid por engano em SP

Segundo governo de São Paulo, 71 grávidas foram vacinadas contra covid-19 em vez de serem imunizadas contra a gripe - Natali_Mis/iStock
Segundo governo de São Paulo, 71 grávidas foram vacinadas contra covid-19 em vez de serem imunizadas contra a gripe Imagem: Natali_Mis/iStock

Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

12/05/2021 09h52

O governo de São Paulo afirmou que ao menos 71 grávidas receberam dose da vacina contra covid-19 por engano ao invés do imunizante contra a gripe Influenza no estado.

O número foi divulgado hoje pela coordenadora de Controle de Doenças do estado de São Paulo, Regiane de Paula, durante a liberação de 46 milhões de doses de CoronaVac para o Ministério da Saúde no Instituto Butantan.

Outras 35 notificações, segundo a coordenadora, foram relacionadas a efeitos adversos leves após a vacinação contra a covid-19. Segundo Regiane de Paula, as pessoas, neste caso, relataram sintomas gripais, como mal-estar, cansaço, náusea e enjoo.

O governo não detalhou quais vacinas foram aplicadas por engano nem quais causaram as adversidades.

A coordenadora ressaltou que o estado segue a orientação da Anvisa em não vacinar mulheres grávidas, mas cobrou o ministério da Saúde por orientações.

"Neste momento o estado mantém a não vacinação das grávidas. Precisamos que o ministério da Saúde nos norteie. Precisamos de uma nota técnica dizendo qual vacina não pode ser usada", disse Regiane de Paula.

Ontem, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pediu que todos os estados suspendessem a aplicação da vacina da AstraZeneca em gestantes.

Isso porque o ministério da Saúde está investigando o caso de uma grávida que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina produzida no Brasil pela FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, também pediu que o governo federal explique se apenas um efeito adverso grave é o suficiente para interromper toda a vacinação nas gestantes.

"Sempre importante lembrar a qualidade e segurança da vacina da FioCruz. Houve evento adverso grave, mas isolado. Ministério tem de explicar se um caso grave é o suficiente para não vacinar as mulheres grávidas", indagou o infectologista. O UOL procurou o ministério da Saúde e aguarda um posicionamento.