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Quatro em cada 5 municípios do país enfrentam falta da 2ª dose de vacina

Vacinas da CoronaVac e da AstraZeneca estão com a produção paralisada no país por falta de insumos - RICARDO MORAES/REUTERS
Vacinas da CoronaVac e da AstraZeneca estão com a produção paralisada no país por falta de insumos Imagem: RICARDO MORAES/REUTERS

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

21/05/2021 12h12Atualizada em 21/05/2021 14h13

Quatro em cada cinco municípios do país já enfrentam falta de vacina para dar a segunda dose da imunização contra a covid-19, informou hoje o 9º levantamento sobre o tema da CNM (Confederação Nacional de Municípios). Participaram do levantamento, realizado de 17 a 20 de maio, 3.287 municípios.

Entre os que responderam, 79,3% declararam enfrentar ausência de segunda dose da vacina. Já 39,9% dos municípios não conseguiram aplicar a primeira dose no grupo prioritário.

Ainda segundo a pesquisa, a falta da segunda dose atinge mais a Coronavac, que foi informada por 87,9% dos municípios com falta. Já a vacina de Oxford foi relatada por 11,5%.

Um grupo de pesquisadores já havia relatado o problema em um levantamento que apontou 47% dos idosos acima de 80 anos sem a segunda dose da vacina contra a covid-19.

Tanto a CoronaVac, como a AstraZeneca, estão com a produção paralisada no país por falta de insumos. Segundo a CNM, a falta se dá de forma uniforme em municípios de pequeno e médio portes —ambos tiveram índice de 31%. Em grandes cidades, esse percentual cai para 15%.

A pesquisa também aponta que 75,3% dos municípios pesquisados já iniciaram a vacinação de grávidas e puérperas (mulheres que estão passando pelo puerpério, período pós-parto que se inicia logo após a saída da placenta —fato que ocorre quando a mulher dá à luz— e dura de 40 a 45 dias).

"No entanto, em decorrência da recomendação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e do Ministério da Saúde, 34,3% dos Municípios afirmaram que interromperam a vacinação desse público", diz a CNM.

Os dados pesquisados apontam ainda para uma melhora no cenário de possível falta de medicamentos do "kit intubação", que na semana da pesquisa atingiu em 16,3%% dos municípios da amostra. Esse índice já chegou a ser de 45% em março.