Butantan: Não há acordos para a Saúde adquirir mais doses da CoronaVac
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que não há tratativas para o Ministério da Saúde adquirir mais doses da CoronaVac, para além das 100 milhões anteriormente contratadas. O Butantan é parceiro do laboratório chinês Sinovac na produção do imunizante no Brasil.
"Estamos, nesse momento, tratando do envio de vacinas para outros países da América da Sul e, inclusive, da África. E também aqui (no Brasil), para os estados brasileiros que firmaram contrato com o Butantan", disse Dimas Covas em entrevista coletiva na tarde de hoje.
Segundo o presidente do instituto, os dois contratos com a Saúde, que envolviam a venda, no total, de 100 milhões de doses da CoronaVac (46 milhões em um, 54 milhões em outro), já foram cumpridos pelo Instituto Butantan, que entregou os imunizantes à pasta.
Ainda assim, pontuou ele, logo após o segundo contrato ser firmado, em fevereiro, "veio um ofício do ministério dizendo que haveria a possibilidade de uma extensão". "Agora, nunca houve tratativas para dar materialidade a esse ofício", disse.
"O Butantan não negociou em nenhum momento com o Ministério o fornecimento de doses adicionais", afirmou ele. "O contrato com o Ministério já foi encerrado e estamos, agora, atendendo outros parceiros", acrescentou.
O UOL entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber se há — ou não — perspectiva de aquisição de mais doses da CoronaVac e, até agora, não recebeu um posicionamento da pasta. O espaço segue aberto.
O Butantan encerrou este mês o contrato que tinha com o Ministério da Saúde para a entrega de 100 milhões de doses da CoronaVac e, em seguida, iniciou a entrega de doses diretamente a estados (Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará e Piauí).
Uma fábrica para produzir, de maneira 100% nacional, doses da CoronaVac está sendo construída na sede do instituto, em São Paulo, e a expectativa é que ela comece a operar em escala completa no início do ano que vem.
Segundo Dimas Covas, a fábrica poderá atender justamente a demanda com outros parceiros, sejam eles estados ou países. Enquanto a unidade não fica pronta, o Butantan trabalha no envase de doses da vacina com insumos importados da China.
A CoronaVac, que começou a ser aplicada no Brasil em janeiro, tem autorização para uso emergencial dada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas o Butantan ainda não enviou ao órgão regulador um pedido de registro definitivo no Brasil para o imunizante.
A agência já emitiu alerta de que a autorização para uso emergencial vale apenas enquanto vigorar a declaração de calamidade em saúde provocada pela pandemia do novo coronavírus.
* Com informações de Eduardo Simões, da Reuters, em São Paulo
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