Anvisa pede novos dados ao Butantan para avaliar Coronavac para crianças
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai pedir novos dados ao Instituto Butantan para avaliar a autorização do uso da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. O anúncio foi feito hoje após reunião entre a agência, especialistas de áreas como pediatria e imunologia e representantes do Butantan.
De acordo com a Anvisa, a equipe de técnicos avaliou que há "lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan" que ainda impedem a comprovação científica do grau de imunidade da Coronavac gerado nas crianças e adolescentes.
"Com isso, a Anvisa vai encaminhar ao Instituto uma série de questionamentos sobre dados que ainda não estão presentes no processo e que impedem a conclusão da análise pela Agência", diz o órgão, em nota.
Os técnicos também apontaram que houve poucas mudanças em relação aos dados apresentados pelo Butantan entre o pedido de julho de 2021, que foi indeferido, e o mais recente. A Coronavac já tem autorização para uso emergencial no país desde janeiro para a aplicação em pessoas com 18 anos ou mais.
Após a declaração da Anvisa, o Instituto Butantan agradeceu às associações médicas que participaram da reunião e disse que apresentou "dados robustos" para a aprovação do uso do imunizante em crianças.
Vacinação de crianças não tem data para começar
Na semana passada, a Anvisa aprovou a vacina contra a covid-19 da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. Serão duas doses com três semanas de intervalo entre elas. Até então, a vacina estava apenas autorizada para maiores de 12 anos.
A decisão da agência contrariou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A pasta informou que decidirá sobre a vacinação de crianças somente em audiência pública no dia 4 de janeiro de 2022. A decisão final, segundo Queiroga, será divulgada no dia seguinte, em 5 de janeiro.
Desde a autorização do uso do imunizante em crianças, servidores e diretores da Anvisa relataram ameaças e temor de represálias. Após o anúncio da liberação, na última quinta-feira (16), Bolsonaro defendeu a divulgação dos nomes dos profissionais envolvidos na aprovação — que já são de domínio público.
(*Com informações de Reuters)
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