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Comitê do Rio recomenda avaliar compra de vacina infantil do fornecedor

Mesmo com aval da Anvisa, o Ministério da Saúde ainda não decidiu se vai comprar vacinas para crianças - iStock
Mesmo com aval da Anvisa, o Ministério da Saúde ainda não decidiu se vai comprar vacinas para crianças Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

21/12/2021 13h52

O CEEC (Comitê Especial de Enfrentamento à covid-19) da secretaria municipal de Saúde do Rio recomendou "fortemente", em reunião ontem, que todas as medidas sejam tomadas para implementar a campanha de vacinação para crianças, inclusive para que a prefeitura avalie a possibilidade de comprar as doses diretamente do fornecedor.

As informações constam na ata da reunião, publicada hoje no Twitter pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD).

Na semana passada a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou que crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas com doses da Pfizer. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não decidiu se vai comprar vacinas para crianças. Mesmo com aval da Anvisa, cabe ao governo federal fazer a compra das doses pediátricas e decidir sobre sua inclusão no PNI (Programa Nacional de Imunização). Ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não pretende acelerar as decisões sobre o tema.

Alinhado às Sociedades Científicas e às melhores evidências até aqui disponíveis, o CEEC recomenda fortemente à SMS que todas as medidas sejam adotadas para implementar a companha de vacinação em crianças, avaliando inclusive a eventual necessidade de compra direta aos fornecedores Trecho de ata de reunião do CEEC

Na sexta-feira (17), a Pfizer informou não ser possível determinar neste momento a data de entrega de doses pediátricas ao Brasil, mas disse estar fazendo "todos os esforços" para que os imunizantes cheguem "o mais rapidamente possível".

O terceiro contrato firmado pela fabricante com o governo brasileiro, que permitirá o fornecimento de 100 milhões de imunizantes contra covid-19 no ano de 2022, até inclui a possibilidade de entrega de versões para diferentes faixas etárias. Só que a disponibilização depende do que for solicitado pelo Ministério da Saúde.

A vacinação de crianças tem o apoio do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e de outros especialistas, mas o tema enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou para o dia 5 de janeiro o prazo para que o governo informe seus planos sobre a vacinação contra a covid-19 para pessoas desta faixa etária.

* Com Estadão Conteúdo