Conass avisa Saúde que não vacinados deixam Brasil vulnerável com a ômicron
O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) disse hoje, em um ofício enviado ao Ministério da Saúde, que pessoas não vacinadas ou que não completaram o esquema vacinal deixam o Brasil "vulnerável a uma grande onda de casos". O Conselho ressaltou que isso pode causar pressão no sistema de saúde e levar ao colapso das redes privada e pública gerando, inclusive, "óbitos evitáveis".
"Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo", diz o ofício.
Hoje o Brasil alcançou a marca de 144,9 milhões de pessoas com vacinação completa contra a covid-19. O número de imunizados com as duas doses ou a dose única é equivalente a 67,93% da população do país. Os dados foram compilados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.
O órgão afirmou também que o Brasil vivencia uma nova onda da pandemia provocada pelo rápido avanço da variante ômicron, e pediu que o governo reconheça a situação. Em documento endereçado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o órgão pede que a pasta tome decisões imediatas para conter o aumento de casos, incluindo o apoio "à estruturação dos estados e municípios".
Para isso, o Conass pediu um posicionamento claro da Vigilância em Saúde do ministério sobre o cancelamento nacional de eventos de carnaval de rua e em qualquer outro "onde não haja possibilidade de controle de acesso, com a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo". Outra solicitação é para a "inclusão imediata" da vacinação de crianças e adolescentes no calendário nacional de vacinação contra a covid-19.
Confira todos os pedidos do órgão ao Ministério da Saúde:
- A autorização imediata de funcionamento, nas condições adotadas ao longo do ano de 2021, de toda a rede hospitalar implantada no país para o enfrentamento à COVID-19, não contemplada com a habilitação permanente definida em recente pactuação tripartite, no que tange à internações em leitos clínicos e de terapia intensiva;
- O aporte de recursos financeiros para abertura, no menor tempo possível, de pontos de testagem em massa para acesso de primeiro contato de toda a população, considerando o aporte de R$ 4,00 (quatro reais) por teste enviado a cada Estado/Município;
- O posicionamento claro, por parte da Vigilância em Saúde do Ministério, sobre o cancelamento nacional de eventos de carnaval de rua e outros, onde não haja possibilidade de controle de acesso, com a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo;
- O monitoramento nacional do potencial de desabastecimento de medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Kits de Intubação;
- A imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças;
- A inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de vacinação;
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