Topo

Esse conteúdo é antigo

Covid: Isolamento de quem atua na saúde cai para 7 dias em caso excepcional

Trabalho médico na UTI covid-19 do Hospital Estadual de Vila Alpina, na zona leste de São Paulo - Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo
Trabalho médico na UTI covid-19 do Hospital Estadual de Vila Alpina, na zona leste de São Paulo Imagem: Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

12/01/2022 21h48

O isolamento de profissionais de saúde diagnosticados com covid-19 pode cair de 10 para 7 dias em casos de sobrecarga do sistema de atendimento à população. A decisão do Ministério da Saúde, com novas orientações, foi publicada hoje no "Guia de Vigilância Epidemiológica Covid-19".

Para que a quarentena seja menor, porém, há uma série de regras. O trabalhador não pode apresentar sintomas respiratórios ou febre no sétimo dia, nem ter usado antitérmicos nas 24 horas anteriores. Além disso, ele deverá apresentar um exame RT-PCR ou antígeno negativo.

"As medidas de isolamento e precaução devem iniciar imediatamente e só podem ser suspensas após 10 dias da data de início dos sintomas, desde que permaneça afebril sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas e com remissão dos sintomas respiratórios. Em situações de excepcionalidade/sobrecarga dos serviços de saúde, o profissional poderá suspender o isolamento após 7 dias do início dos sintomas, desde que permaneça afebril sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas E com remissão dos sintomas respiratórios", explica o documento.

A decisão acontece em um momento de sobrecarga dos sistemas de saúde do Brasil, causada pela alta de casos em meio ao avanço da variante ômicron, combinada à epidemia de gripe. Pacientes têm enfrentado hospitais e centros de testagem lotados por todo país.

Em São Paulo, por exemplo, médicos ameaçam entrar em greve em meio a um cenário de equipes de atendimento desfalcadas. Médicos da APS (Atenção Primária à Saúde), que atendem nas unidades básicas, tem encontrado unidades superlotadas e falta de medicamentos.

Na rede estadual de Saúde de SP, postos e hospitais somam 1.754 profissionais afastados com covid-19 ou suspeita de outras síndromes respiratórias, de acordo com dados de terça-feira (11) da Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo a pasta, o número representa 1% do total de funcionários da rede - que tem mais de 172,3 mil profissionais. O órgão informou que "qualquer profissional com suspeita da doença" é afastado para "recuperação de sua saúde e prevenção dos demais".

Ministério da Saúde reduz isolamento

Na segunda-feira (10), o Ministério da Saúde já havia anunciado a redução do tempo mínimo de isolamento para pessoas com quadros leves e moderados de covid-19. O período caiu de 10 para 7 dias, caso o paciente não tenha sintomas há pelo menos 24 horas. Neste caso, inclusive, não há necessidade de teste.

E o tempo ainda pode cair mais, para 5 dias, caso o infectado não tenha sintomas respiratórios, febre e não esteja usando medicamentos por 24 horas. Também deve ter resultado negativo de exame RT-PCR ou antígeno. Mas, em caso de positivo, ele deverá seguir o isolamento até o 10º dia.

Um outro cenário possível é no caso de ao 7º dia o paciente continuar com sintomas, mas realizar o teste, e receber o resultado negativo. Nesse caso, ele pode deixar o isolamento. E, se positivo, é preciso ficar em casa até completar os 10 dias.

O Ministério da Saúde também recomendou a manutenção das medidas não farmacológicas pelo período total, mesmo para assintomáticos. O que inclui a utilização de máscaras faciais, não frequentar ambientes que precise ficar sem a proteção, evitar aglomerações e não ter contato com pessoas dos grupos de risco.