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Cidade de SP inicia vacinação infantil contra a covid nesta segunda-feira

Do UOL, em São Paulo

16/01/2022 16h00

A vacinação contra a covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos começa nesta segunda-feira (17) na cidade de São Paulo.

Na sexta-feira (14), a campanha estadual teve um início simbólico, com a aplicação do imunizante em 15 crianças. Davi Seremramiwe Xavante, um garoto indígena de 8 anos, foi a primeira criança vacinada.

De acordo com o cronograma estadual, seguido na capital, a primeira etapa da vacinação ocorre até o dia 10 de fevereiro e é voltada para crianças indígenas, quilombolas, com comorbidades ou deficiências permanentes (física, sensorial ou intelectual). O estado estima 850 mil jovens vacinados nesta fase.

Após o grupo prioritário, a vacinação infantil deve seguir escalonada de acordo com a idade.

O que é necessário levar no dia da vacinação?

As crianças devem ser acompanhadas por um responsável maior de 18 anos e apresentar algum documento de identificação — preferencialmente o CPF —, além da carteirinha de vacinação.

No caso de crianças com comorbidades, é necessário levar também um comprovante de condição de risco. Servem exames, receitas, relatórios ou prescrições médicas físicas ou digitais que contenham o CRM do médico e tenham sido emitidas nos últimos dois anos.

Já as crianças com deficiências permanentes devem levar um dos seguintes comprovantes: laudo médico, cartão de gratuidade no transporte público, documentos de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas ou mesmo um documento oficial de identidade com a indicação da deficiência.

Da mesma forma que ocorreu com a vacinação de adultos, o governo recomenda que pais e responsáveis façam o pré-cadastro no site Vacina Já. Embora não seja obrigatório, o preenchimento do formulário promete agilizar o atendimento nos postos de saúde e reduzir as filas.

Quais comorbidades e deficiências entram nesta fase da vacinação?

Podem se vacinar a partir desta segunda-feira (17), crianças entre 5 e 11 anos com uma das seguintes comorbidades:

  • Insuficiência cardíaca
  • Cor pulmonale e hipertensão pulmonar
  • Síndromes coronarianas
  • Valvopatias
  • Miocardiopatias e Pericardiopatias
  • Doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
  • Arritmias cardíacas
  • Cardiopatias congênitas
  • Próteses valvares dispositivos cardíacos implantados
  • Talassemia
  • Síndrome de Down
  • Diabetes mellitus
  • Pneumopatia crônicas graves
  • Hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3
  • Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo
  • Doença cerebrovascular
  • Imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos)
  • Anemia Falciforme
  • Obesidade mórbida
  • Cirrose hepática
  • HIV

Também podem se vacinar as crianças entre 5 e 11 anos com as seguintes deficiências:

  • Física: limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas;
  • Sensorial: crianças com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo;
  • Visual: casos de baixa visão ou cegueira. A baixa visão ou visão subnormal é considerada quando a criança se enquadra nas categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10, e a cegueira ocorre quando está nas categorias 3,4 e 5 do CID 10;
  • Intelectual: deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais.

Qual vacina as crianças podem tomar?

Até o momento, as doses da Pfizer foram as únicas aprovadas para a imunização infantil. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tenta conseguir uma aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que também libere o uso da CoronaVac para as crianças.

Apesar de ter sido liberada pela Anvisa em 16 de dezembro, a vacinação de crianças sem a necessidade de uma prescrição médica só foi confirmada em 5 de janeiro — na contramão ciência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a vacinação infantil.

As primeiras 1,2 milhão de doses da vacina da Pfizer chegaram ao país na madrugada de quinta (13). Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil receberá em janeiro 4,3 milhões de doses da vacina para as crianças. Em fevereiro, a previsão é de mais 7,2 milhões e, em março, 8,4 milhões.

Até o fim do primeiro trimestre, o país espera receber quase 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer. Para completar a vacinação infantil, de duas doses, serão necessárias mais de 40 milhões de doses. A pasta diz ter encomendado quantidade suficiente para imunizar o público-alvo.

Diferença entre doses infantis e para maiores de 12 anos

Maiores de 12 anos

  • Dose: 30 microgramas
  • Volume: 0,3 ml
  • Doses por frascos: 6
  • Cor do frasco: roxa

Crianças de 5 a 11 anos

  • Dose: 10 microgramas
  • Volume: 0,2 ml
  • Doses por frascos: 10
  • Cor do frasco: laranja

O armazenamento após o descongelamento do imunizante para adultos dura por 1 mês se a vacina for conservada entre 2ºC e 8ºC, enquanto esse tempo chega a dez semanas para a versão infantil, desde que mantida na mesma temperatura.