Butantan e Anvisa se reuniram para discutir CoronaVac a partir de 3 anos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Instituto Butantan se reuniram hoje para discutir a aprovação da vacina contra covid-19 CoronaVac para crianças com idade a partir dos 3 anos. Atualmente, o imunizante pode ser usado em pessoas com 6 anos ou mais.
A agência explicou que, quando receber o pedido, irá "avaliar se os dados obtidos demonstram a segurança e a eficácia da vacina". No entanto, informou que não há data definida pelo Butantan para submissão da solicitação.
Mais cedo, o diretor do Instituto, Dimas Covas, havia adiantado que a reunião aconteceria. Além de especialistas da Anvisa, estiveram presentes pesquisadores do Chile.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Covas disse que o laboratório irá apresentar, a pedido da própria Anvisa, os dados sobre a vacinação dessa faixa etária no Chile.
"Após essa reunião, vamos ter um posicionamento da Anvisa em termos de prazos. Esperamos que haja sensibilização, a vacinação desse público, especialmente, é fundamental nesse momento. É a única vacina que está em vias de aprovação para este público no Brasil", afirmou.
O diretor disse que o Chile foi um dos primeiros países a vacinar o público infantil.
Num primeiro momento, foram gerados dados da população acima de 6 anos [do Chile], e foram esses dados que permitiram a aprovação aqui no Brasil. Ficamos aguardando o término do estudo para a população de 3 a 6 anos, e isso aconteceu na semana passada."
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Ele classificou os resultados como "promissores". "A população infantil responde muito bem à vacina, a resposta imune nessa população é muito melhor até que em adultos e idosos. [A vacina] tem um perfil de segurança fantástico, é a vacina mais segura que está sendo empregada para covid", defendeu.
A CoronaVac e a vacina da Pfizer são as únicas aprovadas no Brasil —pela Anvisa— para uso pediátrico. A primeira pode ser usada a partir dos 6 anos, e a segunda, dos 5.
Até ontem, 48,99% da população entre 5 e 11 anos do país já havia recebido a primeira dose do imunizante, e 2,6% completaram o esquema vacinal. Os dados são do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.
Vacinação infantil
O uso da vacina da Pfizer para o público infantil de 5 a 11 anos foi liberado pela Anvisa em dezembro, mas a aplicação começou um mês mais tarde —em crianças com comorbidade.
O Ministério da Saúde postergou o início da campanha de imunização dessa faixa etária e chegou a abrir consulta pública a leigos sobre o tema. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a se posicionar contra a vacinação de crianças em diversas ocasiões.
A CoronaVac foi aprovada para quem tem mais de 6 anos em janeiro —em seguida, o estado de São Paulo ampliou a imunização deste público. O ministério demorou a anunciar intenção de compra e os outros estados tiveram de usar o resto do estoque, guardado, para agilizar as aplicações.
A Anvisa garante que todas as vacinas aprovadas têm eficácia e segurança comprovada e diz que pais não devem temer nem escolher vacinar suas crianças —a menos que haja recomendação médica.
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