Covid-19: média de mortes atinge maior marca em 20 dias
O Brasil registrou 119 novas mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes ficou em 79, estando em alta há 3 dias, e atingiu a maior marca em 20 dias, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel é calculada a partir da quantidade de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.
Na comparação com 14 dias atrás, a média móvel de mortes apresenta variação de 84%.
Duas regiões do país acompanham tendência nacional de aceleração no indicador: Nordeste (332%) e Sudeste (48%). Já outras duas regiões têm queda - Centro-Oeste (-69%) e Norte (-33%) - enquanto o Sul tem estabilidade, de 9%.
Em relação às unidades da federação, cinco têm alta, quatro registram estabilidade e 12 apresentam queda.
Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe não registraram mortes nesta sexta-feira (28).
A Secretaria de Saúde do Piauí atualiza os dados da doença apenas uma vez por semana (às terças-feiras).
Desde o início da pandemia, foram 688.132 mortes causadas pela doença.
Nas últimas 24 horas, o Brasil teve ainda 6.669 novos casos de covid-19. Ao todo, são 34.864.317 testes positivos notificados desde março de 2020. Acre não registrou casos e mortes hoje. Distrito Federal e Roraima não atualizaram nenhum dado hoje por ser feriado do servidor público. Piauí não divulgou nenhum dado de hoje também, mas não explicou o motivo.
A média móvel de casos ficou em 6.020 e, pelo segundo dia consecutivo, registra alta, com variação de 46% em relação há 14 dias.
Três regiões do país registram aceleração na média móvel de casos: Centro-Oeste (32%), Norte (18%) e Sul (22%). Já o Nordeste tem queda, de -37%, enquanto o Sudeste apresenta estabilidade, com variação de 14%.
Entre as unidades da federação, 14 têm aceleração, quatro registram estabilidade e três apresentam queda.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-57%)
- Minas Gerais: estabilidade (15%)
- Rio de Janeiro: alta (1567%)
- São Paulo: alta (23%)
Região Norte
- Acre: não atualizou os dados hoje
- Amazonas: estabilidade (0%)
- Amapá: queda (-100%)
- Pará: queda (-33%)
- Rondônia: queda (-100%)
- Roraima: não atualizou os dados hoje
- Tocantins: não atualizou os dados hoje
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-100%)
- Bahia: estabilidade (0%)
- Ceará: alta (4925%)
- Maranhão: estabilidade (0%)
- Paraíba: queda (-100%)
- Pernambuco: queda (-17%)
- Piauí: não atualizou os dados hoje
- Rio Grande do Norte: não atualizou os dados hoje
- Sergipe:queda (-100%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: não atualizou os dados hoje
- Goiás: queda (-92%)
- Mato Grosso: queda (-33%)
- Mato Grosso do Sul: alta (100%)
Região Sul
- Paraná: alta (127%)
- Rio Grande do Sul: queda (-41%)
- Santa Catarina: queda (-300%)
Dados do governo
Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 118 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 688.080 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 6.969 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 34.822.227 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, houve 34.041.327 casos recuperados da doença até o momento, com outros 92.820 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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