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Covid-19: média de mortes atinge maior marca em 20 dias

Brasil superou a marca de 688 mil mortes provocadas pela covid-19 - Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo
Brasil superou a marca de 688 mil mortes provocadas pela covid-19 Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC)

28/10/2022 18h39Atualizada em 28/10/2022 21h04

O Brasil registrou 119 novas mortes em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, a média móvel de mortes ficou em 79, estando em alta há 3 dias, e atingiu a maior marca em 20 dias, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é calculada a partir da quantidade de ocorrências dos últimos sete dias. O indicador é considerado por especialistas como a forma mais eficaz de medir a evolução da doença.

Na comparação com 14 dias atrás, a média móvel de mortes apresenta variação de 84%.

Duas regiões do país acompanham tendência nacional de aceleração no indicador: Nordeste (332%) e Sudeste (48%). Já outras duas regiões têm queda - Centro-Oeste (-69%) e Norte (-33%) - enquanto o Sul tem estabilidade, de 9%.

Em relação às unidades da federação, cinco têm alta, quatro registram estabilidade e 12 apresentam queda.

Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe não registraram mortes nesta sexta-feira (28).

A Secretaria de Saúde do Piauí atualiza os dados da doença apenas uma vez por semana (às terças-feiras).

Desde o início da pandemia, foram 688.132 mortes causadas pela doença.

Nas últimas 24 horas, o Brasil teve ainda 6.669 novos casos de covid-19. Ao todo, são 34.864.317 testes positivos notificados desde março de 2020. Acre não registrou casos e mortes hoje. Distrito Federal e Roraima não atualizaram nenhum dado hoje por ser feriado do servidor público. Piauí não divulgou nenhum dado de hoje também, mas não explicou o motivo.

A média móvel de casos ficou em 6.020 e, pelo segundo dia consecutivo, registra alta, com variação de 46% em relação há 14 dias.

Três regiões do país registram aceleração na média móvel de casos: Centro-Oeste (32%), Norte (18%) e Sul (22%). Já o Nordeste tem queda, de -37%, enquanto o Sudeste apresenta estabilidade, com variação de 14%.

Entre as unidades da federação, 14 têm aceleração, quatro registram estabilidade e três apresentam queda.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-57%)
  • Minas Gerais: estabilidade (15%)
  • Rio de Janeiro: alta (1567%)
  • São Paulo: alta (23%)

Região Norte

  • Acre: não atualizou os dados hoje
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: queda (-33%)
  • Rondônia: queda (-100%)
  • Roraima: não atualizou os dados hoje
  • Tocantins: não atualizou os dados hoje

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-100%)
  • Bahia: estabilidade (0%)
  • Ceará: alta (4925%)
  • Maranhão: estabilidade (0%)
  • Paraíba: queda (-100%)
  • Pernambuco: queda (-17%)
  • Piauí: não atualizou os dados hoje
  • Rio Grande do Norte: não atualizou os dados hoje
  • Sergipe:queda (-100%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: não atualizou os dados hoje
  • Goiás: queda (-92%)
  • Mato Grosso: queda (-33%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (100%)

Região Sul

  • Paraná: alta (127%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-41%)
  • Santa Catarina: queda (-300%)

Dados do governo

Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 118 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 688.080 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 6.969 diagnósticos positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 34.822.227 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 34.041.327 casos recuperados da doença até o momento, com outros 92.820 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.